22 jan, 2025 • André Rodrigues
Há um deputado do Chega que está em risco de perder o mandato.
Chama-se Miguel Arruda e, na terça-feira, foi alvo de buscas da PSP.
O Explicador Renascença esclarece.
Tem 40 anos. É um dos 50 deputados do grupo parlamentar do Chega, eleito nas últimas legislativas. E é particularmente ativo e polémico nas redes sociais.
Exemplo disso, são os comentários a propósito de imigração e criminalidade e as críticas constantes a elementos do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda.
De resto, Miguel Arruda defendeu Mário Machado, ativista de extrema-direita, condenado em dezembro do ano passado a prisão efetiva, por incitamento ao ódio.
Em causa, o facto de ter sugerido a prostituição forçada para as deputadas do Bloco de Esquerda.
Em defesa de Mário Machado, o deputado Miguel Arruda fala em ato de censura e classifica Machado como preso político.
Porque é suspeito de envolvimento em crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Mais concretamente, roubo de malas nos tapetes de bagagens dos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
Por essa razão, a PSP realizou buscas em várias casas do deputado do Chega, tanto em Lisboa como nos Açores.
A investigação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Tudo vai depender do resultado das investigações. O passo seguinte poderá ser a acusação formal e o consequente processo judicial.
Se vier a ser formalmente acusado, pode ter de ir a tribunal e ser condenado e, eventualmente, enfrentar processo judicial.
A pena pode ir até três anos de prisão ou pena de multa.
No entanto, se o furto deixar a vítima em situação económica difícil, a condenação pode ir até cinco anos ou pena de multa até 600 dias.
Uma coisa é certa: no plano político, o caso já está a ter repercussões. Desde logo, no Chega.
Declara-se surpreendido e admite que Miguel Arruda pode vir a perder o mandato.
O líder do Chega admite que esta notícia o apanhou de surpresa e quer mais explicações sobre este caso que está a gerar grande atenção mediática.