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O que fazem os mediadores culturais nas escolas?
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O que fazem e quantos são os mediadores culturais nas escolas?

24 jan, 2025


No Explicador Renascença desta sexta-feira falamos de mediadores linguísticos e culturais e da sua importância para a integração, numa altura em que está a aumentar o número de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas.

O Governo autorizou as escolas a contratarem mais 15 mediadores linguísticos e culturais, o que eleva para cerca de 290 o número dos técnicos que vão ajudar na integração dos alunos estrangeiros. Este é o tema do Explicador Renascença desta sexta-feira.

Quem são e qual é a função destes mediadores?

Os mediadores trabalham ao lado dos professores, na sala de aula, no sentido de integrar os alunos estrangeiros, que são cada vez mais e de origens diversas. Muitos não entendem português nem nunca tiveram qualquer contacto com a nossa cultura.

Estes mediadores não só ajudam na tradução, como reforçam a qualidade das aprendizagens. Portanto, na prática, apoiam as escolas nesta nova realidade que representa um desafio para os professores, diretores e outros profissionais da educação, que têm de encontrar respostas educativas mais adequadas para apoiar um número cada vez maior de alunos.

Os mediadores são recrutados pelas escolas. E têm de ser portugueses?

Não, não têm de ser portugueses, mas, se forem estrangeiros, têm de ter situação regularizada e têm de ter competências linguísticas de português que permitam interagir e comunicar com fluência. Também têm de falar, pelo menos, uma língua estrangeira, a definir pela escola, e não ter antecedentes criminais.

O trabalho destes mediadores é pago. Recebem um salário igual ao dos técnicos especializados, entre mil e 1.600 euros, consoante as habilitações. Ao todo, o Governo conta gastar cerca de 10 milhões de euros nestas contratações.

Podemos falar numa nova profissão que decorre das mudanças nas nossas escolas, onde há cada vez mais estrangeiros?

Sim. De acordo com dados oficiais, os estudantes oriundos de outros países duplicaram nos dois últimos anos letivos: passaram de 70 mil para 140 mil.

Quase três quartos vêm de países da Comunidade de Língua Portuguesa, a maioria do Brasil.

Os restantes 28% são originários da Índia, Venezuela, Paquistão, Bangladesh, Colômbia, Argentina e Rússia, ou seja, tiveram pouco ou nenhum contacto com a língua e a cultura portuguesas antes de chegarem a Portugal e, por isso, enfrentam barreiras linguísticas mais difíceis de ultrapassar.

Por regiões, quais são as necessidades de contratação destes técnicos?

O distrito com maior número de mediadores atribuídos é Lisboa, onde ficam 87. Segue-se Faro com 45, Setúbal com 25, o mesmo número para o distrito do Porto. Braga vai ter 22, Aveiro 18 e Beja 12.

O Governo diz que há escolas com mediadores atribuídos em todos os distritos, até porque há comunidades migrantes, em todo o território de Portugal continental. No entanto, ainda não explicou se todos os agrupamentos escolares terão mediadores, uma vez que autorizou a contratação de 287 mediadores a distribuir por 319 estabelecimentos de ensino.

Estas alterações surgem porque está também a mudar o tecido cultural e étnico nas escolas?

Só para dar uma ideia, os agrupamentos escolares têm, em média, alunos de 19 nacionalidades, quase o dobro do que acontecia em 2019, quando estavam identificadas 11 nacionalidades. Neste momento, há estabelecimentos de ensino com alunos de 46 nacionalidades.

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