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Vale de Judeus. Como foram capturados os últimos dois fugitivos?

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Vale de Judeus. Como foram capturados os últimos dois fugitivos?

07 fev, 2025 • Anabela Góis


No Explicador Renascença desta sexta-feira, falamos sobre a operação policial que levou à detenção dos dois últimos fugitivos de Vale de Judeus.

Onde foram detidos os fugitivos?

Fábio Loureiro em Tânger, Marrocos. Fernando Ferreira na aldeia de Castanheira de Chã , no Norte de Portugal. Sergili Farjiani em Pádua, Itália. E ontem Rodolfo José Lohrmann e Mark Roscaleer em Alicante, Espanha.

Os últimos dois fugitivos capturados partilhavam o esconderijo?

Aparentemente, sim. Já tinham sido localizados há algumas semanas pelas autoridades espanholas que montaram um dispositivo de vigilância perto da residência em Alicante, onde os dois fugitivos se encontravam.

Os dois homens chegaram a Espanha pouco depois da fuga. Andavam entre Alicante e Málaga a trabalhar com uma rede de organização criminal e há indícios de que planeavam fazer assaltos, juntar dinheiro e fugir depois para a América do Sul.

Em que momento foram apanhados?

Foram apanhados numa oficina onde estavam a tentar mudar os pneus do carro - um Porsche Cayenne - em que se deslocavam na costa espanhola.

As autoridades partilharam um vídeo onde se vê o carro e um dos fugitivos a andar calmamente, e segundos depois a polícia aborda-os e consegue detê-los apesar de ainda terem oferecido resistência.

Dentro do carro foram encontrados documentos e matrículas falsas, cinquenta mil euros, um revólver e uma pistola.

São perigosos?

São. De acordo com as autoridades espanholas e portuguesas, Rodolfo Lohrman e Mark Roscaleer são "criminosos muito violentos”. O argentino, conhecido por "El Russo" era mesmo dos "mais procurados" em toda a América Latina. Estava a cumprir pena de prisão de 20 anos. Já o britânico tinha sido condenado a 9 anos de cadeia.

Que papel desempenhou a polícia espanhola?

A operação de captura foi conjunta. Os responsáveis da polícia judiciária dos dois países não se cansaram de sublinhar o mérito da cooperação.

O Diretor-Geral da Polícia Nacional espanhola disse mesmo que “não há fronteiras para o crime e não deve haver limites para a cooperação policial".

E agora o que é que vai acontecer?

Os fugitivos vão ser ouvidos pela justiça espanhola, para depois ser iniciado o processo de extradição para Portugal - um processo que a Polícia Judiciária acredita que será rápido.

A argentina, entretanto, pediu a extradição de Rodolf Lohrmann, mas Luís Neves, diretor da PJ, diz que os mandados de detenção europeus foram pedidos pelas autoridades portuguesas.

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