17 fev, 2025 • André Rodrigues
Os Estados Unidos querem saber se a Europa está disponível para colocar militares na Ucrânia, como parte de uma solução de paz com a Rússia.
A administração Trump enviou um questionário aos parceiros europeus.
O Explicador Renascença esclarece.
Donald Trump quer perceber que garantias de segurança é que a Europa pode oferecer à Ucrânia num futuro cenário de paz. Dito de outra forma, quer saber se a Europa está em condições de garantir medidas eficazes para dissuadir a Rússia de voltar a atacar a Ucrânia.
Trump quer saber quais os países que estão dispostos a participar num acordo de paz duradouro, contribuindo também com o envio de militares para o terreno.
Quer também saber quais os recursos e capacidades que os países europeus estão preparados para fornecer à Ucrânia para aumentar sua capacidade de negociação e se estão dispostos a aplicar sanções mais rigorosas a países terceiros que facilitam as ações russas.
Guerra na Ucrânia
Conheça o questionário com 11 perguntas, que força(...)
A primeira é a do Reino Unido. Keir Starmer, o chefe do governo britânico ,já disse manifestou disposição para enviar tropas para a Ucrânia, caso haja um acordo de paz.
Além disso, comprometeu-se a fornecer três mil milhões de libras por ano até 2030 para apoiar a defesa e segurança da Ucrânia.
É a primeira resposta clara ao questionário Trump sobre o futuro da Ucrânia.
Para já, discutir o que fazer a seguir. Emmanuel Macron convidou os líderes dos principais países europeus, incluindo Alemanha, Reino Unido, Itália, Polónia, Espanha, Países Baixos e Dinamarca.
Macron convidou ainda António Costa, presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen e, ainda, o secretário-geral da NATO. O objetivo é determinar de que forma vão responder à administração norte-americana.
Não. No entanto, sem se referir diretamente a esta reunião, Luís Montenegro publicou uma mensagem na rede social X defendendo um reforço da coordenação europeia.
"Quanto mais unida e coordenada estiver a UE, mais decisiva será a sua ação. Juntos somos mais fortes", escreveu o primeiro-ministro português.
Já admitiu que poderá reunir-se em breve com Vladimir Putin para discutir a guerra na Ucrânia. Trump afirmou que sua administração está interessada em pôr fim ao conflito o mais rápido possível e disse a representantes europeus que deseja um cessar-fogo até à Páscoa.
De resto, o Secretário de Estado norte-americano Marco Rubio sublinhou que, tanto a Ucrânia, como a Europa devem ter lugar à mesa das negociações de paz.
Há, no entanto, uma contradição. O enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia disse, durante a Conferência de Munique, que os países europeus seriam apenas consultados, mas não iriam ter assento nas negociações.