28 fev, 2025 • Sérgio Costa
Todos os membros da Academia são profissionais da indústria do cinema.
O grupo inclui realizadores, atores, cenógrafos, mas também relações públicas e executivos ligados à área. O número de profissionais inscritos e que têm a possibilidade de votar ultrapassa os nove mil.
Não. A maioria dos filmes, realizadores e atores indicados aos Óscares são eleitos pelos membros de sua área profissional. Ou seja, os atores votam em atores, os realizadores em realizadores e assim sucessivamente.
Sim, a história mostra que a decisão é sobretudo de homens, mas nos últimos anos houve um esforço para incluir mais mulheres na votação.
Em 2020, a Academia anunciou que tinha um terço de mulheres e 19% de pessoas de "minorias sub-representadas".
Em 23 das 24 categorias, quem consegue mais votos ganha.
Mas há uma exceção: a categoria "melhor filme". Desde 2009, a escolha do melhor filme é feita através de um sistema de votação "preferencial" com várias rodadas em que participam todos os eleitores. Cada votante deve colocar os filmes por ordem de preferência. A menos que consigam a maioria absoluta de imediato, não há um vencedor automático
Após cada rodada de votação, o último filme é eliminado e os votos dos filmes restantes são reatribuídos de acordo com a "preferência" mais alta da lista.
O resultado desse sistema é que, muitas vezes, o filme que ganha é o que acaba em segundo ou terceiro lugar no maior número de cédulas, não no topo.
Há outra curiosidade. Antigamente a lista de candidatos ao Óscar de melhor filme era de apenas cinco. Agora há muito mais filmes finalistas. Porquê?
Está relacionado com o “Batman, o cavaleiro das Trevas”. Em 2009, o filme Christopher Nolan foi excluído da lista dos indicados a Melhor Filme, o que motivou críticas negativas. A razão, especularam muitos, residia no facto de a Academia considerar que o filme se inclui num género menor.
A partir daí, a Academia aumentou o leque de nomeados.