07 mar, 2025 • Teresa Almeida
A Pordata revelou dados que permitem traçar o perfil da mulher portuguesa.
A propósito do Dia da Mulher, que se assinala já este sábado, dia 8 de março, o estudo revela dados sobre salário, esperança média de vida, entre outros.
O Explicador Renascença destaca a informação principal.
As portuguesas estão entre as que mais trabalham na União Europeia e a tempo inteiro.
A percentagem de mulheres empregadas a tempo parcial é de 10%, contra os quase 30% dos países da União Europeia.
E, entre os 25 e os 34 anos, quase uma em cada três mulheres tem um contrato a prazo.
Mantém-se - as mulheres em Portugal ganham menos do que homens em todas as profissões e quase 18% tem contrato de trabalho temporário.
A desigualdade salarial aumenta com a progressão na carreira, atingindo uma diferença de 26% nos cargos de topo, o que equivale a menos 760 euros por mês para as mulheres.
Ou seja, quanto mais sobem na carreira mais diferença salarial existe.
A presença feminina em cargos de liderança ainda é significativamente inferior à dos homens.
Neste caso a percentagem dá conta de uma mulher para cada quatro homens, o que coloca Portugal no vigésimo segundo lugar da União Europa.
As portuguesas estão entre as que mais trabalham na UE e a tempo inteiro. Portugal tem uma das maiores taxas da União Europeia de participação feminina no mercado de trabalho.
84% das mulheres entre os 25 e os 54 anos estão a trabalhar - uma percentagem que é muito acima da média da União Europeia e que posiciona Portugal no quarto lugar dos países da União Europeia com taxa de emprego mais elevada.Nas mulheres-mãe, Portugal é terceiro, com 85%, atrás da Suécia e da Eslovénia.
A participação laboral feminina faz-se sobretudo a tempo inteiro, mas com precariedade: quase 18% tem um contrato de trabalho temporário. Na faixa etaria dos 25 aos 34 anos quase uma em cada três tem contrato de trabalho a prazo.
No geral sim, o risco é mais elevado nas mulheres com 65 anos ou mais.
É maior também nas famílias monoparentais com filhos, onde uma grande maioria - 90%, o adulto sozinho com as crianças é mulher.
O mesmo acontece nas pensões. Nas pensões de velhice a diferença entre homens e mulheres é superior a 300 euros.
Vivem mais do que os homens. Em 2023, uma mulher de 65 anos ainda tinha, em média, 21 anos de vida pela frente - três anos a mais do que um homem da mesma idade.
Mas isso não significa que vivam com mais saúde. As mulheres podem esperar viver 7,3 anos sem problemas de saúde, enquanto os homens desfrutam ainda de 8,6 anos de vida saudável.
São a maioria da população. As mulheres representam 52%.
Em Portugal, há 5,5 milhões de mulheres - o que significa que por cada 100 mulheres existem 92 homens, colocando o país em quarto lugar dos 27 da União Europeia, com menor número de homens por cada 100 mulheres.
Mas há aqui um pormenor interessante: Na faixa etária dos 0 aos 4 anos há mais homens do que mulheres, número que se vai alterando a partir daqui.
As mulheres portuguesas são as que menos imigram. Portugal é o terceiro pais da União Europeia com mais baixa taxa de imigração.
E outro dado interessante é que menos de 50% das portuguesas viajaram em turismo em 2023 - é a quinta menor percentagem entre os países da UE.
Na nossa vizinha Espanha, 70% das mulheres viajaram e nos Países Baixos foram quase 90%.