Siga-nos no Whatsapp
Explicador Renascença
As respostas às questões que importam sobre os temas que nos importam.
A+ / A-
Arquivo
“Água que Une", que estratégia é esta apresentada por Montenegro?

“Água que Une". Que estratégia é esta apresentada por Montenegro?

10 mar, 2025


A estratégia nacional "Água que Une", apresentada este domingo pelo Governo, prevê a construção de novas barragens, redução de perdas nos diferentes sistemas e, como último recurso, interligação entre bacias hidrográficas. O investimento total será de cinco mil milhões de euros.

O governo apresentou a estratégia “Água que Une”, um plano para combater a falta de água no país. Antes de falarmos do plano, qual é o cenário atual? Há um problema de falta de água?

Quase todas as bacias hidrográficas têm escassez de água. A única exceção verifica-se no norte do país, sobretudo no Alto Minho. De acordo com dados do Ministério do Ambiente, as restantes bacias têm escassez de água, sendo que o cenário mais dramático verifica-se no Alentejo e Algarve

É mesmo um problema de falta de água ou de mau aproveitamento?

A ideia de falta de água é contrariada pelo primeiro-ministro. Luis Montenegro apresentou a nova estratégia e considera que o país não tem falta de água, mas que, pelo contrário, há um problema de capacidade gestão. O primeiro-ministro sublinha que o país só utiliza 10% da disponibilidade de água e que há um elevado nível de desperdício.

Então qual é a estratégia para combater esse desperdício?

A estratégia denominada Água que Une” contempla 300 medidas a desenvolver ao longo de 15 anos, mas o principal objetivo e garantir um maior aproveitamento das águas residuais. O plano prevê a produção de 116 hectómetros cúbicos em mais de trezentas Estações de Águas Residuais até 2040. Prevê-se um enorme esforço de reaproveitamento da água.

Prevê ainda a construção de novas barragens. O projecto de maior dimensão é o da Barragem do Alvito, no rio Ocreza.

O sector da agricultura é frequentemente acusado de desperdício. Há alguma medida específica neste domínio?

Sobretudo para o Alentejo e Algarve, o Governo prevê a modernização do aproveitamento hidroagrícola de Mira e do Alvor.

Quanto é que tudo isto vai custar?

A estimativa é a de um custo de cinco mil milhões de euros até 2030.

Mas com a crise política e a iminente queda do Governo, este plano não corre o risco de ficar no papel?

É a grande dúvida. Tudo depende do resultado da moção de confiança que vai ser debatida e votada esta terça-feira e, em caso de rejeição, tudo dependerá do resultado das eleições. Por isso, ão há uma resposta clara para essa pergunta.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.