Siga-nos no Whatsapp
Explicador Renascença
As respostas às questões que importam sobre os temas que nos importam.
A+ / A-
Arquivo
A Rússia vai aceitar os 30 dias de cessar-fogo na Ucrânia?
Ouça o Explicador Renascença

Explicador Renascença

A Rússia vai aceitar os 30 dias de cessar-fogo com a Ucrânia?

12 mar, 2025 • Anabela Góis


Estados Unidos vão informar formalmente Moscovo das conversas com a Ucrânia e do acordo alcançado.

Da reunião na Arábia Saudita saiu a indicação de que Kiev aceita a proposta norte-americana para um cessar-fogo imediato por 30 dias.

O mundo ficou, entretanto, a aguardar a resposta da Rússia e de Vladimir Putin.

O Explicador Renascença esclarece as últimas informações.

A Rússia já respondeu?

Da parte de Putin ainda nada, a não ser novos ataques lançados pela Rússia na ultima madrugada contra Kiev.

Além de uma declaração transmitida pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, que se limitou a dizer que as decisões de Moscovo sobre o conflito na Ucrânia serão tomadas na Federação Russa e não no estrangeiro.

Ucrânia e EUA podem acabar a falar sozinhos?

Só esta quarta-feira é que os Estados Unidos vão informar formalmente Moscovo das conversas com a Ucrânia e do acordo alcançado.

Está a caminho uma equipa enviada por Donald Trump, que ainda esta semana deve também falar com Vladimir Putin.

Mas Volodymyr Zelensky mantém a pressão e esta quarta-feira voltou a dizer que espera medidas fortes dos Estados Unidos contra a Rússia se Moscovo rejeitar a trégua.

O que foi acordado na Arábia Saudita?

Não foram divulgados grandes detalhes. O que se sabe é que a Ucrânia aceitou a possibilidade de decretar o tal cessar-fogo imediato e total de 30 dias - período que pode ser prolongado se a Rússia fizer o mesmo.

Zelensky já tinha avançado com uma proposta de tréguas parciais no mar e no ar, que implicava a suspensão de drones e misseis, mas esta proposta vai mais longe. O cessar-fogo também vai incluir a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de detidos civis e o regresso das crianças ucranianas levadas à força para a Rússia.

Por outro lado, a Ucrânia conseguiu que na declaração final ficasse escrito que os parceiros europeus devem estar envolvidos no processo de paz.

E em troca o que deram os EUA?

Os Estados Unidos retomaram a partilha de informações dos serviços secretos com Kiev, e descongelaram a ajuda militar à Ucrânia.

Ambas tinham sido suspensas depois do episódio na sala Oval entre Donald Trump e Zelensky, em que os dois líderes discutiram à frente da imprensa norte-americana.

Estão normalizadas as relações entre EUA e Ucrânia?

Tudo indica que sim. Trump já admitiu convidar de novo Zelesky a ir a Washington, mas ainda parece haver questões cruciais em aberto, nomeadamente as garantias de segurança que a Ucrânia tem pedido aos Estados Unidos e o acordo sobre a exploração dos recursos naturais ucranianos.

Aguardam-se desenvolvimentos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.