14 mar, 2025 • Sérgio Costa
Na véspera do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que se assinala este sábado, o estudo da DECO revela que os portugueses estão com menos dificuldades financeiras.
É assim, mas...sempre um mas. Segundo a DECO, há de facto um alívio nas dificuldades, sobretudo um alívio nas despesas das famílias portuguesas, mas os gastos com a habitação continuam a ser um fator chave no aperto financeiro.
Mas o barómetro da DECO, diz-nos que entre 2023 e 2024 houve um alívio nas despesas dos portugueses.
Sim, a maioria. 69% dos inquiridos revelaram ainda ter dificuldades para pagar as contas em 2024 e 11% disseram que a situação é de sufoco.
Em sete anos de barómetro nunca Portugal teve um índice tão elevado como o registado em 2024, com exceção de 2020, quando ocorreu a pandemia - o que evidencia a necessidade de medidas que promovam a melhoria da situação financeira das famílias portuguesas e que permitam convergir com os níveis de bem-estar financeiro dos seus parceiros europeus.
Taxas de juro e preço dos transportes mais baixos - dois fatores essenciais no dia a dia dos portugueses. As férias grandes, que continuam com um peso elevado, de 62%, na carteira dos portugueses, em 2024 com tiveram um peso ligeiramente menor.
Depois a saúde oral, o carro, restaurantes, alimentação, roupa, gás, eletricidade e água - tudo setores onde o esforço dos portugueses foi ligeiramente menor.
A única exceção e onde os portugueses continuaram a gastar mais foi na manutenção da casa - mais 2%, numa despesa que absorve metade do orçamento dos portugueses.
Esse que é um importante indicador da saúde financeira das famílias, continua também a ser um desafio para a maioria dos portugueses: para 67% da população, poupar continua a ser impossível ou muito difícil, o que demonstra a necessidade de medidas que incentivem a poupança e promovam a educação financeira.