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Portugueses apostaram 56 milhões por dia em jogo online em 2024. Estamos a gastar mais?

19 mar, 2025 • André Rodrigues


Portugal tem mais de quatro milhões e meio de jogadores online registados em plataformas legais.

Os portugueses apostaram, em média, 56 milhões de euros em jogos online por dia no ano passado. O volume total de apostas online foi de 20.667 milhões de euros, sendo que 10% foram em apostas desportivas. O Estado arrecadou mais de 300 milhões em impostos. É o que revelam os dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos.

Está a aumentar o volume das apostas online?

Sim. Aliás, estes 20.667 milhões de euros apostados em 2024 representam um recorde. De resto, já em 2023, o volume de apostas no jogo online tinha subido de forma considerável, 15,4 mil milhões de euros. No ano passado, o lucro dos operadores foi 1,1 mil milhões de euros, mais 31% do que em 2023.

O que se traduziu em mais de 300 milhões em impostos. Só nos últimos três meses de 2024, o Estado arrecadou mais de 89 milhões. São indicadores que apontam para um crescimento desta indústria.

Ou seja, há mais apostas. Isso significa que há mais apostadores?

Não necessariamente. Portugal tem mais de quatro milhões e meio de jogadores online registados em plataformas legais.

Mas o número de novos registos de jogadores diminuiu ligeiramente no ano passado. Menos 5% do que em 2023.

O que houve, isso sim, foi um aumento dos valores investidos pelos apostadores que já estavam registados.

Outro dado a reter: aumentou o número de jogadores autoexcluídos das aplicações de apostas.

Como assim autoexcluídos?

Como o próprio termo diz, são jogadores que pedem para deixar de jogar. Esta autoexclusão é o mecanismo de que os apostadores dispõem para evitar situações graves de dependência do jogo. Permite o afastamento voluntário do jogo online por tempo indeterminado ou, mesmo, o cancelamento do registo.

No ano passado, foram autoexcluídos quase 293 mil registos de jogo online, mais 36% do que em 2023.

Isso significa que os jogadores estão mais conscientes quanto aos riscos do vício do jogo?

Os especialistas acreditam que sim, daí que este aumento das autoexclusões não seja surpreendente. Além disso, a própria indústria do jogo online tem-se esforçado para tornar a autoexclusão mais visível, tornando mais acessíveis os mecanismos de controlo da participação no jogo online.

Uma das dessas ferramentas de controlo permite gerir o dinheiro que se aposta, de modo a evitar situações de rutura financeira dos apostadores. Algo que, por exemplo, não existe nas plataformas de jogo ilegais.

E tem havido várias queixas sobre jogo online. O que é que se sabe?

Sabe-se que foram encerrados mais de 2.200 sites de apostas ilegais. De resto, a associação de apostas e jogo online - que representa as plataformas licenciadas - chegou mesmo a pedir ao Banco de Portugal que bloqueie os pagamentos aos sites ilegais, através de meios legítimos, como o Multibanco ou o MBWay. A denúncia foi feita na Renascença em dezembro do ano passado.

Num primeiro momento, o regulador disse não ter competência para atuar nesta área, mas, perante o aumento de casos em que influencers e figuras públicas fazem a divulgação destes sites ilegais de apostas, o Banco de Portugal já admite a possibilidade de poder bloquear pagamentos a sites de apostas ilegais.

Não diretamente, mas notificando as instituições bancárias para que bloqueiem as transações envolvendo sites e aplicações que operam sem autorização.

[notícia atualizada às 17h33 de 19 de março de 2025, com dados fornecidos pela APAJO sobre o volume diário de apostas online]

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