27 mar, 2025 • André Rodrigues
O que devem os europeus fazer em caso de emergência? A União Europeia sugere aos cidadãos que tenham sempre à mão um kit de sobrevivência para possíveis situações de crise.
De acordo com Bruxelas, a ideia é antecipar situações imprevistas: incêndios, inundações, ataques cibernéticos com consequências prolongadas para o funcionamento de serviços essenciais. E, claro, conflitos armados. Portanto, estamos a falar de todo o tipo de situações de emergência.
A Comissão Europeia acredita que, dessa forma, os estados-membros estarão preparados para reagir de forma mais eficaz a eventuais crises, minimizando os impactos negativos e aumentando a resiliência da sociedade.
Embora a estratégia se refira a todo o tipo de emergência, a comissária europeia para a Gestão de Crises reconhece que "as ameaças atuais que a Europa enfrenta são mais complexas do que nunca e estão todas interligadas".
Desde a guerra na Ucrânia à estratégia da administração Trump de descomprometimento com a segurança europeia, tudo isso são ameaças diretas à estabilidade e à segurança dos 27.
A União Europeia tem 450 milhões de habitantes. Hadja Lahbib considera, por isso, que são 450 milhões de motivos para que a Europa reforce a sua prontidão para situações de crise.
Sim. Por exemplo, em novembro passado, a Suécia distribuiu panfletos com recomendações à população para que se prepare para uma guerra ou outras situações inesperadas.
Também a Finlândia - que faz fronteira com a Rússia - publicou um relatório sobre prontidão civil e militar que pode ser visto como uma inspiração para as medidas agora propostas pela Comissão Europeia, entre elas o tal kit de sobrevivência.
Reservas estratégicas água, comida enlatada e uma bolsa de primeiros socorros para um mínimo de três dias. Além disso, as populações devem, também, ter à mão uma lanterna e um rádio a pilhas.
Além destas recomendações para os cidadãos, a Comissão Europeia propõe, ainda, integrar a preparação para emergências nos currículos escolares, para garantir que as novas gerações também estão preparadas.
Bruxelas pretende mesmo criar o "Dia Europeu da Preparação", dedicado à consciencialização para estratégias de emergência.
Para esses, a estratégia europeia inclui o desenvolvimento de critérios mínimos de preparação para serviços como hospitais, escolas e redes de transportes.
Bruxelas reclama melhorias nas reservas de equipamentos críticos que garantam o contínuo abastecimento de recursos vitais - como água ou produtos alimentares - ou recursos essenciais para situações de emergência, como material médico e fármacos.
No próximo mês de julho, durante a discussão do próximo orçamento plurianual da União Europeia.