15 abr, 2025 • André Rodrigues
A fatura da luz fica mais cara já no próximo ano. O aviso é da entidade reguladora dos serviços energéticos.
A entidade que gere a distribuição de eletricidade vai aumentar o investimento na rede.
O Explicador Renascença esclarece.
No tal agravamento da conta da luz. Em 2026, o agravamento vai ser de 0,6%. De acordo com o Jornal de Negócios desta terça-feira, é com esse aumento que os clientes podem contar já no próximo ano.
Depois disso, e até 2030, o impacto será progressivo e os aumentos mais moderados, a oscilar entre 0,1 e 0,2%.
Porque a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos concordou com a estratégia da E-Redes para aumentar o investimento no sistema de distribuição de eletricidade.
Entre 2026 e 2030, a E-Redes vai investir 1,6 mil milhões de euros, um valor 50% superior ao plano atualmente em vigor.
A principal razão é a necessidade de responder aos desafios da transição energética, nomeadamente a descarbonização e a eletrificação. Isso implica uma modernização e uma expansão das infraestruturas de distribuição elétrica para acomodar um maior volume de energia renovável, como a solar e a eólica.
Mas não é tudo: para além de aumentar a capacidade das redes, o objetivo é torná-las mais eficientes para garantir uma distribuição de eletricidade que seja mais estável e mais segura.
Em resposta a este plano de investimento da E-Redes, o regulador considera-o adequado. No entanto, alerta para os impactos que este investimento vai ter nas tarifas de eletricidade.
Sim, vai haver mecanismos para minimizar o impacto nas tarifas.
A proposta da E-Redes para expandir o investimento na distribuição elétrica inclui medidas de eficiência e de otimização da rede. Como, por exemplo, a flexibilização dos circuitos de consumo, deslocando-os para horários de menor carga.
Com isso, a E-Redes estima uma redução de custos de cerca de 304 milhões de euros.
Para esses, foi aprovado o prolongamento das tarifas reguladas de eletricidade até 2027. A decisão, tomada na última semana pelo Conselho de Ministros, abrange cerca de 800 mil consumidores do mercado regulado, muitos deles em situação economicamente vulnerável.
Recordo que, desde 1 de janeiro, a fatura de eletricidade para os clientes do mercado regulado aumentou, em média, 2,1%. No entanto, as famílias com menores rendimentos ficam a salvo dessa subida.