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Porque é que há tantas moedas de 1 e 2 cêntimos em circulação em Portugal?

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Porque é que há tantas moedas de 1 e 2 cêntimos em circulação em Portugal?

23 abr, 2025 • Fátima Casanova


No Explicador Renascença desta quarta-feira, exploramos o motivo de Portugal ter cada vez mais moedas de 1 e 2 cêntimos em circulação, o que acontece a estas moedas depois de entrarem no mercado e como é feita a sua reposição.

Porque é que há tantas moedas de 1 e 2 cêntimos em circulação em Portugal?

As moedas de 1 e 2 cêntimos são muito utilizadas em Portugal devido à prática comum de fixar os preços a 99 cêntimos. Como ainda há muitos pagamentos feitos em numerário, estas moedas tornam-se essenciais para dar troco. Desde o lançamento do euro, em 2002, a proporção destas moedas no total de moedas em circulação aumentou de 37% para 51% em 2023. Estima-se que já tenham sido emitidas mais de dois mil milhões de moedas de 1 e 2 cêntimos, o que equivale, em média, a cerca de 200 moedas por cada português.

O que acontece às moedas depois de serem emitidas?

Muitas das moedas emitidas acabam por desaparecer do mercado. Por terem pouco valor, não são valorizadas pelos consumidores, que frequentemente as retiram das carteiras e acumulam em frascos, taças ou dentro do carro. Além disso, os operadores comerciais também tendem a reter estas moedas, já que o seu baixo valor não compensa os custos associados à recolha, processamento e troca. Como resultado, uma grande parte destas moedas não regressa ao circuito económico.

Como funciona a reposição destas moedas?

Para compensar o desaparecimento das moedas em circulação, o Banco de Portugal recorre à importação. Em 2023, foram importadas 60 milhões de moedas: 26 milhões de um cêntimo e 34 milhões de dois cêntimos. Estas moedas vieram dos bancos centrais da Bélgica e da Eslováquia. Em troca, Portugal enviou um milhão e cem mil moedas de 50 cêntimos e 195 mil moedas de dois euros. Apesar de ser uma troca e não uma compra, o Banco de Portugal considera que sai beneficiado, já que o custo de produção das moedas de 1 e 2 cêntimos é superior ao seu valor facial. Esta estratégia evita também a destruição de moedas de valor superior em excesso, contribuindo para a poupança de matérias-primas e energia.

Ainda há muita gente a pagar com dinheiro físico?

Sim. Embora os pagamentos em numerário estejam a diminuir, continuam a representar 52% do total de pagamentos, especialmente em compras de valor inferior a 30 euros. A utilização de dinheiro físico é mais comum entre as pessoas mais idosas. Em 2023, o Banco de Portugal controlou a qualidade de quase 405 milhões de notas e cerca de 90 milhões de moedas, tendo detetado 11 mil notas falsas e 2.600 moedas contrafeitas.

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