28 abr, 2025 • Sérgio Costa
O momento define o futuro da Igreja Católica. Cardeais de todo o mundo reúnem-se à porta fechada na Capela Sistina para a eleição do novo Papa.
Aliás, a palavra conclave vem do latim: “cum clavis” (fechado à chave) - o que revela, desde logo, a confidencialidade em torno do a escolha do novo líder da Igreja Católica.
As portas são realmente fechadas à chave. Cabe ao cardeal camerlengo, D. Joseph Farrel, fechar as portas por dentro, enquanto que o arcebispo Edgar Penã Parra, substituto da secretaria de Estado, trancar as portas por fora.
Para a eleição é necessária uma maioria de dois terços.
É uma regra estabelecida. Apenas os cardeais com menos de 80 anos de idade o podem fazer. São eles 135. Refira-se que para o próximo conclave participam 133 cardeais - dois deles estarão ausentes por motivos de saúde.
Desses 135 cardeais - 108 foram escolhidos pelo Papa Francisco.
O colégio cardinalício é, atualmente, composto por 252 membros, mas só esses 135 podem votar.
Sim, são quatro e todos eles eleitores, nomeados por Francisco.
D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal.
Em teoria qualquer homem batizado solteiro pode ser eleito papa. Mas há quase 650 anos que é um cardeal a ser eleito.
O último pontífice vindo de fora do Colégio Cardinalício foi Urbano VI, arcebispo de Bari (Itália) em 1378.
Sim. Cada cardeal eleitor preenche um boletim com o nome escolhido para sucessor de Francisco. Esse boletim é dobrado em dois e levado, à vista de todos os presentes, até ao altar e colocado numa urna.
Os votos são depois divulgados em voz alta. Se não houver maioria de dois terços sairá fumo negro. Quando houver maioria de dois terços sairá fumo branco da chaminé da Capela Sistina.
Importa dizer que estão previstas sempre quatro votações diárias.