21 mai, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
É por ignorância que, muitas vezes, se acusa uma pessoa de ser neoliberal.
“Os economistas discutem eficiência com mais frequência e intensidade do que discutem equidade.” Esta frase certeira foi escrita por Vítor Gaspar no jornal digital “Observador”.
O antigo ministro das Finanças de Portugal, agora no FMI, foi acusado de ser “neoliberal”. Mais uma vez se verifica que usar essa palavra como arma de arremesso evidencia, sobretudo, a ignorância de quem o faz.
Diz Vítor Gaspar: “Em primeiro lugar, a desigualdade na distribuição de rendimento, riqueza, oportunidades e capacidades é relevante para a avaliação da justiça social. É, assim, importante em si mesma.
Em segundo lugar, a desigualdade é importante para o funcionamento da própria sociedade. Numa sociedade aberta a desigualdade não pode exceder os limites a partir dos quais a elite ganha capacidade para impedir uma efectiva participação por parte da maioria da população.
Finalmente, sociedades desiguais tendem a ser sociedades fragilizadas por conflitos sociais abertos ou latentes. A justiça distributiva aparece como condição para a coesão social.”
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