24 jan, 2025
As notícias sobre Trump e as suas inúmeras iniciativas parecem monopolizar o espaço público. Assim, o cessar fogo em Gaza, apesar de ter sido apoiado por Trump, tem sido pouco noticiado.
Alguns reféns foram já libertados pelo Hamas, bem como, em contrapartida, centenas de prisioneiros detidos por Israel. Mas sucedem-se as hesitações, de parte a parte, no cumprimento do frágil acordo entre o Hamas e Israel.
De um lado e do outro há divisões que enfraquecem o cessar fogo. Os ministros israelitas de extrema direita demitiram-se, por serem contra uma paragem na guerra contra o Hamas.
Aliás, a extrema direita israelita pretende eliminar os palestinianos; por isso opõe-se à solução dos dois Estados. Do lado de Israel aumenta o peso dos que não admitem que os palestinianos tenham um Estado.
Entretanto, poderão avançar os chamados “acordos de Abraão”, acordos entre países árabes, como a Arábia Saudita, e Israel. Só que essa evolução pouco irá contribuir para que os palestinianos venham a ter, de facto, um Estado seu.
Na comunidade internacional a solução dos dois Estados é geralmente apontada com a única saída para o conflito entre israelitas e palestinianos. Mas não se enxergam pressões diplomáticas sobre Israel suscetíveis de travarem a hostilidade dos israelitas a um Estado palestiniano.