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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​O mundo mudou, muito

07 mar, 2025 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Os EUA de Trump estão a emparceirar com a Rússia de Putin. Cabe aos europeus substituírem-se aos americanos, desde logo no apoio político, financeiro e militar à Ucrânia. É uma tarefa gigantesca, mas irrecusável.

Todo o mundo é feito de mudança, escrevia Camões há seis séculos. Este dito célebre é hoje evocado, porque estamos a assistir a uma profunda mudança na cena internacional em apenas algumas semanas.

Durante décadas os europeus habituaram-se a ser militarmente defendidos pelos Estados Unidos (EUA). Mas hoje e depois do que se passou nos últimos dias, essa proteção não está garantida. Daí que seja urgente que os países europeus avancem com sérios investimentos na sua própria defesa.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, há três anos e alguns dias, levou a que os países europeus, liderados pelos EUA, fizessem uma frente de apoio ao país agredido, o que incluiu fornecimento de armas e munições. Mas os EUA já não estão empenhados na segurança dos europeus, nomeadamente dos ucranianos. A NATO encontra-se em perigo de vida. A Associação dos Ucranianos em Portugal defende que os EUA estão a "pressionar a vítima e não o agressor" nas negociações para a paz na Ucrânia.

Com Trump na presidência, os EUA apostaram num entendimento com Putin, deixando de valorizar as pretensões da Ucrânia e dos europeus. Por isso humilharam Zelensky em direto na TV, considerando-o um obstáculo aos seus intentos – e aos de Putin. O porta-voz do Kremlin aplaudiu vivamente a nova posição dos EUA.

Cabe aos europeus substituírem-se aos americanos, desde logo no apoio político, financeiro e militar à Ucrânia. É uma tarefa gigantesca, mas irrecusável. Ouça-se o aviso da ministra dos Negócios Estrangeiros da Finlândia: “A história ensina-nos que a Rússia só respeita a força e a determinação”.

Francisco S

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  • Europa
    07 mar, 2025 Europa 12:02
    Os EUA uniram-se à Rússia e temos 3 blocos: EUA, Russia e China. A Europa se não se fortalecer, será refeição de algum deles. Face à atitude agressiva da Rússia, com eles nada de acordos a não ser, saber como lhes dar um pontapé e partir-lhes a fronha se invadirem mais alguém. Com os EUA, é dificil e dentro de 4 anos com Vance será ainda pior. Aliados, dos 3 ditos, a China ainda parece o mal menos. A Europa que estabeleça relações privilegiadas com a China, mas primeiro ponha de pé reindustrialização, resolva problemas de energia e migração excessiva e sobretudo ponha de pé uma verdadeira e credível Defesa Militar.