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Francisco Sarsfield Cabral
Opinião de Francisco Sarsfield Cabral
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​Água, um problema português

14 mar, 2025 • Opinião de Francisco Sarsfield Cabral


Nos últimos dias de funcionamento normal do governo foi apresentada uma estratégia para melhorar a gestão da água em Portugal. Esperemos que os políticos que se seguem na governação, sejam eles quem forem, não esqueçam esta questão nacional.

Neste ano de 2025 tem chovido com frequência. Há muito tempo que as barragens do Algarve não tinham tanta água. A ameaça de seca está assim afastada? Não, de maneira nenhuma.

Apenas em algumas restritas áreas do extremo Norte do país se pode considerar não existir escassez de água. E as perspetivas futuras apontam para que a falta de água se acentue em Portugal, até por efeito das alterações climáticas.

Nos últimos dias de vida útil do governo da AD foi apresentado um programa para enfrentar o problema da água, ou da falta dela. A queda do governo veio pôr em dúvida se este programa será aplicado. Não sabemos o que fará o PS, se lhe couber governar a seguir. Mas uma coisa é certa, o problema da água é das questões nacionais mais sérias, reclamando resposta governamental quanto antes.

É certo que o problema não é de falta absoluta de água, mas da ausência de uma gestão eficaz. O programa apresentado no passado dia 9 de Março aproveita muitas medidas que já estavam projetadas. Os políticos devem olhar para a melhoria da gestão da água como um imperativo nacional.

A estratégia “Água que une” (nome dado ao programa que a crise política remeteu à gaveta) visa aumentar o armazenamento de água, com a subida da capacidade de algumas barragens e o lançamento de novas barragens. Os ecologistas não gostam de barragens, mas têm de compreender que é absurdo perder para o oceano atlântico muita água que nos faz falta. Outro ponto que o referido programa destaca é a redução das perdas de água, que atualmente são superiores a 30% da água transportada.

Até 2040 espera-se uma redução das disponibilidades nacionais de água em 6%, enquanto se prevê um forte aumento no consumo agrícola de água, bem como no consumo urbano. Ou seja, enfrentar o problema da água é urgente.

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