23 fev, 2022 • Beatriz Lopes , João Campelo (sonorização)
Estão comprometidos com o futuro do planeta, torcem o nariz a horários de trabalho pouco flexíveis, não sabem o que é estar offline e, por vezes, até se sentem “frustrados” por não serem “levados a sério”.
É assim que se definem muitos dos jovens ouvidos pela Renascença que, apesar de não gostarem de “rótulos”, fazem parte daquela que se convencionou chamar de "geração Z" – correspondente aos nascidos entre 1995 e 2010.
No primeiro episódio do Geração Z, vamos tentar perceber por que razão “não faz sentido pensarmos na existência de gerações a tal velocidade”, defende o sociólogo Vítor Sérgio Ferreira. Até porque ainda nem conhecermos bem a ‘Z’ e já esta foi ultrapassada pela Geração Alpha.
Queremos ainda perceber como “pode ser perigoso” atribuirmos um conjunto de características ao que é uma geração.
Mas há também muitas particularidades que unem os jovens nascidos entre 1995 e 2010, desde logo o facto de muitos deles estarem a ingressar no mercado de trabalho durante uma pandemia, o que poderá trazer “consequências ao nível do prémio salarial” e de, “em situações mais desesperadas, aceitarem o quer que seja”, mesmo sendo mais qualificados do que as gerações anteriores.
Ainda espaço para abordar o “otimismo” com que as gerações mais novas – aqui e lá fora – encaram o futuro, de como vale a pena lutar para ter representatividade dentro das instâncias políticas e de como Portugal tem vindo a “superar com sucesso” as metas do combate ao abandono escolar.