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Mutilação genital: “não é Saúde, é Justiça”
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Henrique Raposo

Mutilação genital: “Não é Saúde, é Justiça”

07 fev, 2025 • Sérgio Costa , Olímpia Mairos


O comentador analisa o aumento de casos detetados nos serviços de Saúde.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que a mutilação genital não é um caso de Saúde, mas, sim, de Justiça.

“É um crime”, diz Raposo, no comentário ao aumento de casos de mutilação genital feminina detetados em Portugal.

“Muitas vezes, fica-se só nas páginas da sociedade, como se fosse um caso médico; não é um caso médico, é um caso de polícia. Pai, mãe, avó que mutila genitalmente uma criança, uma menina, tem de ter, a seguir, a polícia e o Ministério Público a bater à porta”, defende.

Na opinião do comentador, “não podemos ficar bloqueados na cor de pele das pessoas”, porque “isto não é racismo, é humanismo, é defender a Constituição, é defender os direitos das crianças e das mulheres e das meninas”.

Citando as declarações de Inês Subtil da Amnistia Internacional Portugal à Renascença, em que a responsável afirmou que mutilação genital feminina “é uma prática que é crime e deve ser investigada, julgada e combatida”, apesar de ser uma prática de outras culturas,

Henrique Raposo sublinha que, apesar da “mudança cultural que está em curso”, este é “um daqueles casos onde a cultura de origem das pessoas não pode ser respeitada”.

“É um crime (…), isto é uma questão constitucional e de crime, de direito, é muito simples”, diz, assinalando que até pode aceitar que os senhores da mercearia da sua rua tapem as meninas da cabeça aos pés, “mas, no meu país, elas têm que ir à escola até aos 18 anos e não podem ser forçadas a casar”.

No seu espaço de comentário n’As Três da Manhã, Raposo defende que “temos que ser capazes de discutir a tensão evidente entre imigração e feminismo, sem sermos imediatamente apelidados de racistas ou seja lá o que for, porque estamos a falar de culturas que vêm de países que são obviamente muito mais machistas, misóginos, do que a nossa”.

“É evidente, se queremos ser feministas a sério, temos que ir até ao fim”, acrescenta.

A concluir, Raposo insiste que “vivemos neste momento, num momento-chave de mudança de debate, onde muita gente do nosso meio, digamos assim, está a conseguir passar da ideia de que isto é tabu e não se pode discutir, para discutirmos isto no campo da lei e da Constituição”.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera que a mutilação genital não é um caso de Saúde, mas, sim, de Justiça.

“É um crime”, diz Raposo no comentário ao aumento de casos de mutilação genital feminina detetados em Portugal.

“Muitas vezes, fica-se só nas páginas da sociedade, como se fosse um caso médico; não é um caso médico, é um caso de polícia. Pai, mãe, avó que mutila genitalmente uma criança, uma menina, tem de ter, a seguir, a polícia e o Ministério Público a bater à porta”, defende.

Na opinião do comentador, “não podemos ficar bloqueados na cor de pele das pessoas”, porque “isto não é racismo, é humanismo, é defender a Constituição, é defender os direitos das crianças e das mulheres e das meninas”.

Citando as declarações de Inês Subtil da Amnistia Internacional Portugal à Renascença, em que a responsável afirmou que mutilação genital feminina “é uma prática que é crime e deve ser investigada, julgada e combatida”, apesar de ser uma prática de outras culturas,

Henrique Raposo sublinha que, apesar da “mudança cultural que está em curso”, este é “um daqueles casos onde a cultura de origem das pessoas não pode ser respeitada”.

“É um crime (…), isto é uma questão constitucional e de crime, de direito, é muito simples”, diz, assinalando que até pode aceitar que os senhores da mercearia da sua rua tapem as meninas da cabeça aos pés, “mas, no meu país, elas têm que ir à escola até aos 18 anos e não podem ser forçadas a casar”.

No seu espaço de comentário n’As Três da Manhã, Raposo defende que “temos que ser capazes de discutir a tensão evidente entre imigração e feminismo, sem sermos imediatamente apelidados de racistas ou seja lá o que for, porque estamos a falar de culturas que vêm de países que são obviamente muito mais machistas, misóginos, do que a nossa”.

“É evidente, se queremos ser feministas a sério, temos que ir até ao fim”, acrescenta.

A concluir, Raposo insiste que “vivemos neste momento, num momento-chave de mudança de debate, onde muita gente do nosso meio, digamos assim, está a conseguir passar da ideia de que isto é tabu e não se pode discutir, para discutirmos isto no campo da lei e da Constituição”.

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