15 abr, 2025 • Sérgio Costa , João Malheiro
João Duque considera que a atividade económica tem de estar preparada para a crise climática, em reação às conclusões do relatório conjunto do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicis da União Europeia e da Organização Meteorológica Mundial.
No seu espaço habitual de comentário n'As Três da Manhã, o economista aponta que "todos temos de fazer alguma coisa" face ao ambiente, porque não "está nas mãos de apenas um de nós de mudar este trajeto de alterações".
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"A banca tem como principais clientes as empresas e as famílias e tem de perceber os impactos que as alterações climáticas têm na capacidade de reembolso das dívidas bancárias", explica.
O comentador Renascença indica que é preciso uma análise por parte das empresas à sua fragilidade face às alterações climáticas, assim como cada pessoa o faz, nas suas decisões do dia-a-dia.
Questionado sobre se certos mercados se têm de adaptar, como o dos carros elétricos que, por agora, continuam muito caros, João Duque realça que "ter um carro elétrico não significa que estou a melhorar a minha pegada", porque "é preciso saber como é gerada essa eletrcidade para abastecer o carro".
"Depois temos os sistemas de seguros. Os Estados têm de pensar muito bem o que é que vão exigir para evitar que as calamidades lhes saiam sempre do bolso", acrescenta.
Os fenómenos climáticos provocaram prejuízos estimados em 18,2 mil milhões de euros em 2024. Mais de 400 mil pessoas foram afetadas, segundo o relatório.
O ano passado foi um dos dez mais chuvosos da Europa Ocidental desde 1950 e com mais inundações desde 2013. Segundo o estudo, tempestades e inundações causaram no mínimo 335 mortes.
Francisco Ferreira pede, ainda, cuidados para evitar as situações mais perigosas das ondas de calor, como os incêndios.