25 abr, 2025 • Eduardo Oliveira e Silva, Luís Marinho, Luís Marques e Rui Pêgo
A morte do Papa Francisco faz o pleno nas rádios, televisões e jornais nacionais. Também nos Media de todo o mundo. Milei, Presidente da Argentina, decretou sete dias de luto nacional. O mesmo que afirmou que o “Papa era o diabo na Terra”, desculpando-se depois. O Papa recebeu-o no Vaticano. Compaixão, era o seu lema.
Francisco deixa um legado, dificilmente reversível: colocou os pobres e os frágeis no centro da ação da Igreja; foi inclusivo, opondo-se à marginalização de grupos e indivíduos; deixou pistas para uma maior participação das mulheres. Foi decisivo para quem se afastou da Igreja e da Fé. Em síntese, se há uma herança que Francisco nos deixa é a Esperança, que não é mais do que acreditar que podemos ser melhores pessoas, todos os dias. Talvez por isso faça ainda mais sentido a manchete do "Público" (22 de abril): “Francisco, o Papa favorito do povo e dos ateus”. Bergoglio não foi o primeiro Papa da comunicação, mas foi, com certeza, o Papa da comunicação de proximidade.
Renascença em Roma
Em entrevista à Renascença, em Roma, o cardeal por(...)
Com milhões de consumidores em todo o Mundo, o YouTube, a “nova televisão”, faz 20 anos e deu um modo de vida a novos produtores de conteúdos. Em maio de 2024, em Portugal, tinha mais de 1,2 milhões de utilizadores entre os 18 e os 29 anos. Foi a primeira plataforma a dar sentido à designação “prosumer”. Cada um de nós passou a poder produzir conteúdos e divulgá-los para consumo de outros, sem a mediação dos Media tradicionais.
SIC e TVI disputam a preferência dos portugueses, palmo a palmo, com vantagem apertada para o canal de Paço d’Arcos. A SIC ganhou o mês de março e vai bem lançada para repetir a vitória este mês de abril. A TVI regressou há pouco tempo à liderança. Hoje a alternância é permanente. Nada como acontecia no passado. Acabou o tempo das lideranças prolongadas?
A Casa da Imprensa faz 120 anos. Assinalou a data esta semana (quinta-feira, dia 24) com a inauguração de uma exposição do seu espólio, com o título “Da cidade às Serras”. Também esta semana estreia “Camarada Cunhal”, um filme de Sérgio Graciano, que retrata a fuga da cadeia de Peniche do chefe comunista, na evocação dos 20 anos sobre a sua morte.
“Rumo à Liberdade” é a série, em dois episódios, produzida e narrada por António Barreto, que a RTP Memória exibe na celebração do 25 de Abril (sexta, 25 e sábado, 26). Barreto em declarações ao "Público" é claro sobre a ideia de que falta cumprir Abril. “Abril está mais do que cumprido: com a democracia, o fim da censura, o fim da guerra e o colapso do Império, a reintegração europeia”.
O Conselho de Ministro decretou luto nacional de três dias pela morte do Papa, impondo-se o Governo reserva na participação em festividades do 25 de Abril, tendo cancelado “todos os eventos da agenda de natureza festiva”. A sessão solene no Parlamento, com a votação de um voto de pesar pela morte do Papa Francisco, contará com a presença do Governo. Era preciso anunciar a intenção de não participar em celebrações festivas, tendo em conta o momento de campanha eleitoral que se vive? As oposições agradecem.
E a PSP? Aprova primeiro, para proibir depois um desfile de grupos de extrema-direita até ao Martim Moniz, no 25 de Abril. Manifestação com “porco no espeto” e a atuação de um grupo de folclore do Minho, informam os organizadores. Nas redes sociais a iniciativa toma o nome de “Portugal desce ao califado”. Uma clara provocação. A PSP não percebeu logo o propósito da marcha?
Incensuráveis
Aline Hall de Beuvink, Pedro Gomes Sanches e José (...)
A Sondagem do ICS, em parceria com o ISCTE, para SIC/Expresso mantém o empate técnico a poucas semanas das eleições legislativas. Mesmo com a projeção dos indecisos, os 4 pontos de vantagem da AD (33%) sobre o PS (29%) inscrevem-se na margem de erro. Apesar disso, eleitores da AD manifestam-se mais firmes na decisão, enquanto 17% dos apoiantes PS consideram poder mudar o voto. O Chega consolida-se como terceira força (21%), com eleitores com elevado grau de fidelização. A IL (4%) é o preferido dos partidos com menos expressão entre os inquiridos. Tudo empatado, portanto.
Os debates já produziram algum efeito? Aparentemente, não. Têm tido menos audiência do que os das últimas legislativas. Os encontros desta quinta-feira, dia 24, entre Montenegro e Ventura e o de segunda, dia 28, que opõe o primeiro-ministro a Pedro Nuno Santos podem ser clarificadores? A crer que os debates não produzirão alterações significativas no que as sondagens têm vindo a refletir, ganham cada vez mais relevo as sucessivas declarações públicas de dirigentes socialistas que defendem um entendimento alargado entre o PS e o PSD. De outra maneira, o país pode ficar ingovernável num período crítico de grande imprevisibilidade como o que vivemos.
Nos Grandes Enigmas, porque é que Sérgio Sousa Pinto nunca foi convidado para falar no 25 de Abril? As declarações de Trump nas redes sociais, acredita-se, tiveram impacto direto no sobe e desce das bolsas. Ele e alguns dos seus amigos tiraram benefício direto das flutuações bolsistas? A declarada “guerra contra os chuveiros” mereceu do Presidente norte-americano uma ordem executiva para aumentar a pressão do duche por causa do seu “lindo cabelo”. O homem tem um cabelo bonito? A ministra francesa da Cultura e do Património do governo Barnier, Rachida Dati, informa o "Libération", esqueceu-se de incluir as joias na lista de bens apresentada. Teremos de andar atentos aos pulsos e dedos dos titulares de cargos públicos?