30 set, 2019 • Marta Grosso , Paulo Teixeira (sonorização)
O fiador é aquele que responde como devedor quando este não consegue mais pagar a dívida. Ou seja, assume-se como garantia perante o banco, assegurando, com o seu património pessoal, o pagamento daquela dívida.
Mas, já ouviu falar do benefício da excussão prévia? É o que pode salvar o fiador de ficar com um enorme encargo adicional e, em alguns casos, com menos património… Ou nenhum.
De acordo com este benefício, o credor deve, antes de tudo, esgotar todo o património do devedor principal. Só depois deverá bater à porta do fiador.
Contudo, o devedor principal pode renunciar a este benefício. E a verdade é que a maioria o faz, mesmo sem saber.
Face aos casos que lhe chegam às mãos, a Deco traçou o perfil do fiador em apuros: a maioria é divorciada, trabalhador por conta de outrem e tem o ensino secundário. Mas há também uma boa percentagem com o ensino superior: cerca de 37%.
Ganham, em média, 1.200 euros e quatro é o número de créditos sobre os quais têm responsabilidade. No total, em média, gastam quase 900 euros em prestações. Não resta muito para as outras despesas…
Antes de ser fiador, conheça a situação real do devedor. Ponha a questão afetiva de lado e seja racional.
Tente evitar a renúncia ao benefício da excussão prévia. Leia bem o contrato e fale com o banco.
Fique ainda a saber que, se pagar a dívida, tem direito de regresso – isto é, pode exigir ao principal devedor o reembolso do valor que pagou. Provavelmente, em tribunal.