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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Porto: tempo novo, vida nova

18 fev, 2025 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Pinto da Costa transformou um clube quase residual na capital do norte do país num dos maiores baluartes do desporto nacional e internacional.

A partir de agora Jorge Nuno Pinto das Costa só existe na memória das pessoas e nas recordações de muitos anos de vida em que permaneceu à frente dos destinos do Futebol Clube do Porto.

Tudo ficou assim consumado, ontem, ao princípio da tarde, quando os restos mortais do Presidente portista foram cremados no cemitério do Prado do Repouso.

Chegou ao fim o período mais longo do dirigismo desportivo nacional, que durou 42 anos, com um extenso rol das mais variadas actividades protagonizadas por Pinto da Costa, tanto merecedoras de aplausos como de críticas, vindas de todos os sectores.

Pinto da Costa jamais foi consensual, sobretudo por força de acções e declarações que se foram repetindo durante a sua longa vigência, sempre em defesa daquela que sempre anunciou como a sua maior paixão.

O Futebol Clube do Porto ficou a dever ao ex-Presidente os serviços mais relevantes e as conquistas mais notáveis, que enchem os dragões de orgulho e enriquecem as páginas que têm sido e continuarão a ser escritas a enaltecer feitos de que se deve orgulhar o futebol português.

Pinto da Costa transformou um clube quase residual na capital do norte do país num dos maiores baluartes do desporto nacional e internacional.

Com o falecido Presidente a colectividade nortenha arrecadou títulos e troféus que enriquecem as montras do seu muito notável museu.

Também se lhe ficam a dever momentos que eram perfeitamente dispensáveis, mas que Pinto da Costa entendia sempre como oportunos na defesa do seu clube, sem se incomodar com reacções contrárias e críticas que quase sempre lhe passavam ao lado.

A partir de agora, o grande baluarte nortenho vai percorrer um novo e certamente diferente caminho, mas com a mesma finalidade de continuar a granjear troféus e títulos por esse mundo fora.

Acabar com as diferenças e questões baixas é agora também o objectivo, mesmo sabendo-se que que não será uma tarefa fácil para os novos responsáveis portistas.

Pinto da Costa, acometido de doença grave, começou a morrer quando, no dia 27 de Abril passado tomou conhecimento dos resultados de uma eleição a que jamais se deveria ter submetido por não ter percebido que o seu reinado tinha chegado ao fim.

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