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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Justiça desportiva e selecções

18 mar, 2025 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Reduzir as competições e ajustá-las à realidade do nosso tempo tem vindo a ser visto como uma necessidade premente

Já não estamos assim tão distantes do fim da época de futebol.

No entanto, os dois meses que faltam para fechar os calendários, adivinham-se de uma enorme intensidade, com muitas competições nas suas fases mais críticas e, por isso, com uma exigência enorme dos seus intervenientes.

Não parece, por isso, que este deva ser o tempo das selecções, muito embora os calendários estejam à vista de todos há muito tempo.

O que agora acontece é, por exemplo, a necessidade de muitos clubes se virem privados de vários dos seus melhores jogadores, acrescentando a isso o risco de alguns poderem regressar afectados na sua condição física, e a fazer perigar, portanto, a sua utilização, pelos clubes que lhes pagam.

Tomando como exemplo o Sporting, concluiu-se que 13 dos seus jogadores principais ficam impedidos de trabalhar com o técnico da casa durante praticamente duas semanas, o que, nesta altura, pode vir a representar um dano grave na sua produção.

Diga-se, entretanto, que o exemplo dos leões não é único, antes pelo contrário. O mesmo poderá e deverá dizer-se em relação tanto ao Benfica, como ao Futebol Clube do Porto.

Tudo isto resulta do facto de as duas principais entidades do futebol internacional, FIFA e UEFA, não conseguirem reprimir os seus escrúpulos e ambições de amealhar continuadamente e, cada vez mais, vários milhões de dólares ou euros.

Reduzir as competições e ajustá-las à realidade do nosso tempo tem vindo a ser visto como uma necessidade premente, também porque os jogadores estão a ser sistematicamente obrigados a aumentar a sua exigência face ao aumento do número de jogos que são forçados a disputar em cada época.

Outro tema do momento tem a ver com a anulação pelo TAD- Tribunal Arbitral do Desporto- do castigo de oito jogos de suspensão aplicados pelo anterior Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ao jogador Nuno Santos, do Sporting, motivado por incidentes registados na Super Taça, em Aveiro.

A revogação acentua a imprudência e a insensatez com que então foi aplicado o castigo pelos anteriores responsáveis federativos, e que agora se deseja não volte a acontecer com outros casos, para que assim não seja violada a verdade desportiva e a regularidade de todas as competições.

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