20 mar, 2025
O jogo de logo à noite da selecção portuguesa, em Copenhaga, apresenta-se como difícil para os escolhidos por Roberto Martinez embora, quanto ao desfecho, acreditemos que é possível os nossos representantes chegarem ao fim da melhor maneira.
Todos sabemos da qualidade da selecção dinamarquesa mas, sobretudo, todos estamos esclarecidos quanto à intensidade que coloca no jogo, ajudada por um público que cria um ambiente incrível à volta dos seus jogadores, e que muito costuma contribuir para o aumento de dificuldade dos seus adversários.
Portugal tem, nesta altura, dez jogadores em risco de falhar o desafio da segunda mão a realizar no domingo no estádio José Alvalade, entre os quais Cristiano Ronaldo, Rúben Dias e Bernardo Silva, o que poderá contribuir para alguma interferência nas escolhas do seleccionador, e na ideia de jogo, muito embora Martinez tenha afirmado o contrário.
O momento não é o ideal para se disputar um jogo nestas circunstâncias e com estas características.
Por essa Europa fora os campeonatos estão praticamente todos nas suas fases mais decisivas, os jogadores têm sido sujeitos a uma sobrecarga física assinalável nos seus clubes, e tudo isso poderá vir a contribuir para a possibilidade de deixarem à vista um rendimento diferente daquele que se espera e deseja.
Apesar disso, a experiência de todos eles, deverá e poderá contribuir para uma exibição onde deixem à vista a sua reconhecida qualidade, sem menosprezar o adversário que vão ter pela frente, também servido por jogadores a actuarem em várias latitudes, e senhores de um nível elevado, ajudados por um público que muito pode contribuir para que as coisas corram menos bem a Portugal.
É verdade que este é jogo da primeira mão dos quartos-de-final da Liga das Nações, havendo uma “réprise” no domingo a seguir, no estádio José Alvalade, mas seria conveniente sair da capital sueca com meio caminho andado para se chegar às meias-finais de uma competição que Portugal já ganhou uma vez.