21 mar, 2025
Contrariando algum optimismo, embora moderado, que pairava nas hostes, a selecção portuguesa não foi capaz de fazer melhor, ontem à noite, em Copenhaga, do que uma derrota por um-a-zero, frente à Dinamarca.
Ao contrário, a selecção nórdica poderia ter construído um resultado diferente, saindo do seu estádio com a qualificação para as meias-finais da Liga das Nações praticamente garantida.
A vitória por um golo apenas, é claramente insuficiente, porque foi a equipa que mais procurou a baliza contrária, criando oportunidades a fio.
Ao contrário, a exibição do conjunto escolhido por Roberto Martinez, a pior dos últimos dois anos, segundo o próprio seleccionador nacional, esteve alguns furos abaixo de medíocre, não tendo conseguido mais do que dois remates enquadrados com a baliza adversária, um no começo do desafio, o outro quanto estava prestes a soar o apito final.
E se é verdade que as escolhas iniciais de Martinez não foram antes objecto de grande discussão, já parece mais correcto dizer-se que a estratégia pensada não foi a melhor, e que as substituições não tenham correspondido àquilo que pareciam ser as necessidades da equipa nacional para estas circunstâncias.
Faltou à formação lusa a intensidade que já antes do jogo parecia indispensável, tendo em conta a qualidade da equipa contrária, ainda por cima auxiliada por um público frenético que a apoiou até ao derradeiro instante do desafio.
Sabe-se e reconhece-se que este poderá não ser o melhor período do ano para a realização de jogos de tão elevado grau de exigência, mas nem isso desculpa a exibição tão descolorida de jogadores de reconhecida categoria, sobretudo a nível internacional.
Agora, as atenções viram-se para domingo próximo e para o estádio José Alvalade.
Será no palco leonino que a selecção portuguesa vai estar perante a necessidade de dar à volta ao desfecho de ontem, estando por se saber se será capaz de o conseguir ou, pelo contrário, vai repetir o jogo de que saiu a perder, e a exibição que esteve na sua origem.