26 mar, 2025
Por curiosa coincidência, o dia da tomada de posse de Fernando Gomes como novo Presidente do Comité Olímpico de Portugal, aconteceu em simultâneo com buscas, pelas autoridades policiais, nas instalações da Federação Portuguesa de Futebol.
Portanto, e pelo que se sabe, não podem ser construídas ideias de que exista qualquer relação entre o futebol e acções que lhe são laterais, embora seja, inevitavelmente, esse o juízo que possa ser formulado pelos mais variados sectores.
Tanto quanto se sabe, o que está em causa é, apenas, é a venda do antigo prédio onde esteve estabelecida, durante muitos anos, a sede do organismo máximo do futebol, e os dinheiros então envolvidos nessa operação. Esclarecendo, essas instalações poderão ter sido vendidas por cerca de 12 milhões de euros, quando, na altura da transação, o anúncio dessa verba terá sido substancialmente inferior, por volta de quatro milhões de euros.
Em causa, estão duas figuras, com apenas um ex-secretário-geral da FPF ligado ao organismo de cúpula do futebol, Paulo Lourenço, sendo um outro um cidadão comum, António Gameiro, antigo deputado do Partido Socialista, este já antes envolvido num caso, que então origem à demissão da Presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.
Apesar de tudo isto, o facto em si não deixará de ter repercussões a nível internacional, sobretudo porque acontece alguns dias depois de a nossa selecção se ter qualificado para a final four da Liga das Nações.
O nosso futebol voltará a ser falado pelas piores razões, podendo ser tomado como um escândalo aquilo que ontem varreu o país de lés a lés.