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Ribeiro Cristovão
Opinião de Ribeiro Cristovão
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Tropeçar nas palavras

09 abr, 2025 • Opinião de Ribeiro Cristovão


Esperemos pela próxima conferência de imprensa, para ficarmos a saber como o treinador do Sporting descalça esta bota.

Nem sempre as coisas correm bem a uma equipa de futebol.

Por vezes, quando se espera e deseja fazer o melhor, tudo sai ao contrário, ficando por se saber se daí adveem consequências nefastas por demasiado tempo.

E responsáveis são quase sempre vários.

Foi o que aconteceu ao Sporting no seu jogo de segunda-feira à noite em Alvalade, quando defrontou o Sporting de Braga, e findo o qual ficou a braços com um resultado que não esperava nem desejava.

Empatar com a equipa minhota, quando o campeonato está a caminhar rapidamente para o fim - ficaram a faltar seis jornadas para completar um total de 24 -, não foi uma boa notícia para os leões de Lisboa.

O jogo começou por correr bem à equipa da casa que, não só dominou abertamente, como materializou num golo esse domínio, mas deixando sempre no ar a dúvida sobre se seria capaz de manter aquele ritmo frenético com que começara o desafio.

E, sobretudo na segunda parte, à medida como o jogo ia decorrendo, ficava-se, cada vez mais, com a sensação de que a botija leonina estava a chegar ao limite final.

Percebendo isso, foi aí que surgiu a formação minhota, mais capaz de criar sérios embaraços aos lisboetas, e dando sempre a sensação de que seria possível ir além de uma simples derrota por um golo.

Aconteceu quando já estava prestes a soar o gong final, ficando aí à vista uma maior justiça no resultado, que acabou por dividir o mal pelas aldeias.

Só que, se o jogo não satisfez, tudo ficou mais complicado quando treinador do Sporting se apresentou perante os jornalistas e, em conferência de imprensa, disse o que disse.

Talvez fruto da sua pouca experiência a lidar com clubes grandes, sempre muito mais exigentes, em todos os sentidos, Rui Borges decidiu “atirar a carga ao mar”, e transferir para alguns jogadores, o resultado do insucesso, não assumindo as suas próprias responsabilidades que, do nosso ponto de vista, ficaram evidentes.

Situações como esta são sempre desagradáveis e, por isso, nada recomendáveis, mas abrir uma ferida quando o campeonato está na sua fase decisiva, pode agravar a situação.

Rui Borges tropeçou nas palavras, e agora, vai certamente ter que emendar a mão.

Esperemos pela próxima conferência de imprensa, para ficarmos a saber como o treinador do Sporting descalça esta bota.

Se é que o vai fazer…

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