24 abr, 2025
Vai por aí um ror de especulações sobre a situação por, por estes dias, se está a passar com o Futebol Clube do Porto.
Para além das más exibições, e de alguns maus resultados que daí decorreram, aconteceu agora um problema disciplinar, que tem ocupado, das formas mais diversas, a imprensa nacional a todos os níveis, os jornais, a televisão, a rádio e, de forma muito evidente, as redes sociais, onde é possível lerem-se disparates às mãos cheias.
No que ao futebol que se joga em campo diz respeito, creio haver concordância quase geral, de que tudo aquilo que temos visto nas últimas semanas, está muito longe de corresponder às ambições dos portistas, ao mesmo tempo que pouco ou nada tem a ver com o seu passado de conquistas e de futebol de qualidade.
Já se previa que a gerência de André Villas-Boas iria passar por muitas dificuldades.
A pesada herança de Pinto da Costa fazia acumular problemas de vária ordem e, depois, algumas das decisões tomadas também não contribuíram para a edificação do sossego necessário.
A ruptura com Vítor Bruno arrastou algum debate, e o seu sucessor foi recebido com alguma desconfiança.
Martin Anselmi era praticamente desconhecido, e a verdade é que o futebol que tem tentado implementar na equipa também não suscita entusiasmo, ao ponto de os dragões estarem com muita dificuldade em ir além do quarto lugar final, o que os arrastará para uma pouco entusiasmante Liga Conferência, que também não ajudará a encher os cofres.
Depois, há um aspecto que não é menos relevante e que uma considerável maioria de sócios e adeptos reconhece: o Futebol Clube do Porto apenas dispõe de alguns (poucos) jogadores de qualidade, não podendo, por isso, aspirar a bons jogos e resultados a condizer.
Agora, para “enfeitar” ainda mais o ramalhete, acaba de vir a público a falta de respeito de alguns dos seus jogadores, perdidos em festas nocturnas, a exceder os horários regulamentares, e por normas que deveriam estar na primeira linha dos seus cuidados.
Há castigos já anunciados e outros virão a caminho, tudo contribuindo para um final de temporada susceptível de criar mau ambiente dentro e fora do clube.
Villas-Boas está, pois, perante desafios com os quais certamente não contava, mas que não deixarão de lhe causar importantes e fortes dores de cabeça.