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PSD não pede maioria absoluta, PS assume que segundo lugar deve deixar governar
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São Bento à Sexta

"Derrotado deve dar estabilidade na fase inicial", admite Alexandra Leitão

21 mar, 2025 • Tomás Anjinho Chagas


Líder parlamentar do PS remete para Pedro Nuno Santos, mas considera que, "por princípio", o partido derrotado deve viabilizar o Governo. Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, remete questão para Montenegro e fala em "campanha orquestrada" contra o primeiro-ministro.

A líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, considera que o partido derrotado nas eleições deve "por princípio" deve deixar o partido vencedor formar Governo.

Durante o São Bento à Sexta, programa de política semanal da Renascença (esta semana com debate entre os líderes parlamentares do PS e PSD), a também candidata à Câmara de Lisboa pelo PS considera que, numa fase inicial, o partido que perde as eleições deve dar "estabilidade" política.

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"Em princípio, julgo que os partidos que são derrotados em eleições, por muito ou por pouco, devem, naquele momento inicial do programa, eventualmente do primeiro Orçamento, devem tentar garantir uma estabilidade nessa fase inicial", responde Alexandra Leitão.

A líder da bancada socialista deu a entender, esta semana, numa entrevista à Rádio Observador, que o PS teria de "ponderar bem" se viabilizaria um novo Governo de Luís Montenegro, mas agora explica que o partido derrotado deve dar oportunidade de formar Governo.

"Foi isso que o Partido Socialista fez no ano que agora termina", vinca Alexandra Leitão.

Do lado contrário, Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD, não responde para já sobre se os sociais-democratas devem viabilizar um Governo do PS, em caso de derrota, e remete a pergunta para Luís Montenegro.

Hugo Soares não pede maioria absoluta

No programa São Bento à Sexta, Hugo Soares, secretário-geral dos social-democratas, rejeita pedir maioria absoluta durante a campanha para as eleições legislativas de 18 de maio.

O líder da bancada do PSD, um dos homens mais próximos de Luís Montenegro, admite que a estabilidade política é importante, mas acredita que são os partidos que a têm de dar nesta altura.

"Estou mesmo muito tranquilo relativamente a esta campanha eleitoral. Não me ouvir pedir nunca uma maioria absoluta. Evidentemente o país precisa de estabilidade política, disso não há dúvidas, ela pode ser alcançada de várias formas, nomeadamente com a responsabilidade dos partidos da oposição, que, como se viu, não aconteceu", afirma o líder da bancada do PSD.

"Campanha orquestrada" contra Montenegro

Sobre as últimas semanas, Hugo Soares fala numa "campanha orquestrada contra a figura do primeiro-ministro", referindo-se às várias notícias que preenchem manchetes nos jornais portugueses, quando questionado pela perda de popularidade plasmada na mais recente sondagem lançada pela SIC/Expresso.

"É evidente que esta campanha absolutamente orquestrada, direta, direcionada à figura do primeiro-ministro tem um objetivo, e tem um objetivo que é penalizar a imagem do primeiro-ministro. Não vale a pena termos ilusões quanto a isso", afirma Hugo Soares.

O líder da bancada do PSD refere-se às "capas, capas e capas diárias de insinuações, presunções e lançamento de suspeição" e admite que "não é possível um protagonista sair incólume a tudo isto".

"Cabala", ironiza Alexandra Leitão

Sobre este tema, Alexandra Leitão, a adversária do debate, considera que as palavras de Hugo Soares assemelham-se a uma "cabala" e lamenta que o Governo não perceba que tem de ser escrutinado.

"Esta intervenção é muito próxima de uma ideia quase de cabala orquestrada desde logo pela comunicação social, porque referiu várias vezes as capas, as capas, as capas dos jornais, como faz um bocadinho lembrar aquela pessoa que vai em sentido contrário no trânsito e pensa, ai, eles andam todos ao contrário, é que estou certo", desfere Alexandra Leitão.

A líder parlamentar socialista lembra que "não foi o PS que fez essas capas" e considera que o que provam é que "há muito por esclarecer" no caso que orbita em torno de Luís Montenegro.

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