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Operação "Saco Azul"

CMVM levanta suspensão das ações da Benfica SAD

15 jul, 2020 - 09:30 • Inês Braga Sampaio com Lusa

Negociações de ações da Benfica SAD estavam suspensas desde que se soube que Luís Filipe Vieira e a SAD tinham sido constituídos arguidos por alegada "fraude fiscal qualificada".

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Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) levantou, esta quarta-feira, a suspensão das negociações de ações da Benfica SAD.

As negociações de ações da Benfica SAD estavam suspensas desde terça-feira, quando se soube que o presidente do clube e a SAD tinham sido constituídos arguidos por alegada "fraude fiscal qualificada".

Em comunicado, a CMVM explica que decidiu levantar a suspensão da negociação das ações da Benfica SAD "e outros instrumentos relacionados, na sequência da divulgação de informação relevante".

Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a constituição de três arguidos, uma pessoa singular e duas coletivas, por fraude fiscal, no âmbito da operação "saco azul", que envolve o Benfica.

Dois arguidos coletivos e dois individuais


Fonte oficial do clube confirmou à Lusa que a SAD do Benfica e a Benfica Estádio são os dois arguidos coletivos e que Luís Filipe Vieira era o arguido individual. Mais tarde, em comunicado à CMVM, o Benfica revelou que o CEO Domingos Soares de Oliveira também era arguido.

A mesma fonte oficial acrescentou que os advogados do Benfica apresentaram um requerimento, a fim de saberem se o processo está em segredo de justiça, ressalvando que em causa está um processo de crime fiscal, que nada tem a ver com questões desportivas ou "sacos azuis".

O inquérito é dirigido pelo Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) e investiga factos suscetíveis de integrarem "alegada prática de um crime de fraude fiscal qualificada".

A investigação da Autoridade Tributária (AT) remonta a 2018, quando foram feitas buscas às instalações do Benfica, por suspeitas da emissão de faturas de serviços fictícios de uma empresa informática, que o Benfica pagou. Em causa, segundo o jornal "A Bola", estarão 1,8 milhões de euros que terão sido levantadas das contas do clube, durante seis meses, para pagar serviços que, alegadamente, não foram prestados.

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