11 fev, 2025 - 17:28 • Eduardo Soares da Silva
Bruno Lage, treinador do Benfica, não responde a Jorge Jesus, que afirmou que do atual plantel das águias, apenas Di María jogaria no Al-Hilal. O técnico das águias explica que só conhece três jogadores do plantel dos sauditas e, por isso, não comenta as declarações do seu antecessor.
Na véspera do "play-off" da Liga dos Campeões frente ao Mónaco, Lage não assume o favoritismo que lhe foi atribuído por Adi Hutter, confirma a disponibilidade de Di María e detalha a abordagem do clube no mercado de janeiro e o porquê de não reforçar a defesa.
O Mónaco-Benfica joga-se na quarta-feira, às 20h00, com relato em direto na Renascença e acompanhamento, ao minuto, em rr.pt.
Que Mónaco espera? "Espero a mesma equipa muito competente, têm enorme qualidade, forte fisicamente, grande qualidade técnica, muitos jovens, grande dinâmica na frente. Espero um jogo difícil, à semelhança do jogo na primeira fase, mas com a diferença de agora serem dois jogos. Queremos fazer um grande jogo, mas de certeza que a eliminatória se decide no Estádio da Luz".
Sente que a sua mensagem passa? "Uma coisa é falar com os jogadores, a emoção e a linguagem do balneário. Cresci num balneário, o meu pai foi treinador. A mensagem no momento da vitória aqui foi porque senti que a equipa tinha conseguido uma vitória muito importante. Jogo com reviravoltas, golos anulados, era uma vitória que daria ainda mais confiança. Assim foi. Estamos numa boa situação, temos um título conquistado e já nesta fase da Champions. O jogo passado é passado, o que importa é ter a mesma determinação e ambição. Sinto a equipa muito confiante, determinada em fazer uma boa época e um bom jogo amanhã".
Penálti por marcar contra o Benfica? "Não vi, mas na próxima conferência de imprensa poderei responder".
Adi Hutter entregou o favoritismo ao Benfica: "É 50-50 nesta fase da competição, vencemos o jogo na fase de liga, agora é diferente, precisamos de fazer um bom jogo e decidir a eliminatória no Estádio da Luz".
Treinador do Mónaco queixou-se da arbitragem: já joguei três vezes contra o Adi Hutter. Não falo de arbitragem, mas tenho boa memória.
Equipa tem tido duas caras? Sente maior motivação da equipa na Champions? "Sinto a equipa sempre motivada e a tentar crescer na minha ideia de jogo. O adversário elogiou-nos muito na transição, mas também quero e trabalho muito para que a equipa cresça na construção, ter maior controlo do jogo. Estas coisas levam o seu tempo".
Gostava de ter pedido um lateral-direito? "O mercado de janeiro é muito difícil, em função da oportunidade de reforçar a equipa, acho que tivemos as melhores decisões. O Manu vinha juntar-se para discutir a posição com o Florentino, até pelo volume de jogos, também pode fazer de central, o que aliviaria o Tomás Araújo para lateral-direito. Não temos só o Bah e o Araújo, temos Leandro Santos connosco desde setembro, o setor defensivo sentimos que estavamos tranquilos. Chegou o Samuel para substituir o Beste. A oportunidade do Belotti, experiente e com outro tipo de movimentações. Lesões tiraram-nos algumas oportunidades".
Leandro Santos dá garantias em caso de lesão de Tomás Araújo? "Tenho muita confiança nele".
Di María está apto? "Está connosco, vai treinar e a experiência que ele tem nestes grandes jogos, costumamos dizer que marca sempre nas grandes finais, é muito importante para qualquer equipa".
Jorge Jesus disse que só Di María jogaria no Al-Hilal. Como ouviu essas declarações? "Não tem dinheiro para o comprar. Se calhar até tem [risos]. Apanhou-me desprevenido, não vou comentar as palavras do mister, até porque só conheço dois ou três jogadores do Al-Hilal, o Ruben e o João Cancelo que treinei e o Mitrovic, que faz muitos golos. Sinto-me muito realizado por trabalhar com estes jogadores