12 fev, 2025 - 12:35 • João Filipe Cruz
Bernardo Silva, Ivan Cavaleiro, Gil Dias e até Florentino. Há alguns exemplos de jogadores que vestiram as camisolas de Benfica e Mónaco. Ricardo Gomes não é um deles mas, para além de ter jogado de águia ao peito, ainda foi treinador do Mónaco e, em conversa com Bola Branca, não tem dúvidas de que o Benfica parte com vantagem para o reencontro com os monegascos.
"Para além da qualidade, tem jogadores com experiência, campeões do mundo, isso conta muito numa fase tão decisiva. Apesar só ter um brasileiro, a equipa do Benfica é mais forte. O Mónaco vai ter de fazer mais para passar", explica o antigo internacional brasileiro, que jogou na Luz em dois períodos (1988-1991 e 1995/96).
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Não há "obrigação" de passar, mas o clube da Luz tem mais responsabilidade na eliminatória com os franceses, de acordo com Ricardo Gomes. O antigo central foi campeão em duas ocasiões com os encarnados e agora, mais longe, não deixa de acompanhar a atualidade do clube e lamenta que a mudança de técnicos seja tão frequente.
"Nem sempre corre tudo bem. Têm havido coisas boas e outras não tão boas. Mais uma mudança de treinador tem peso. Há muito tempo que o Benfica não segura um treinador. É a opinião de quem está longe, mas é melhor quando há uma linha mais clara", confessa o carioca de 60 anos.
Fez parceria com Mozer nos anos 90 no Estádio da Luz e sempre se habituou a partilhar balneário com compatriotas. Atualmente, o Benfica tem apenas um brasileiro no plantel - Arthur Cabral - e, mesmo sem ter explicação, Ricardo Gomes, lamenta.
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"É verdade. As coisas vão evoluindo. Não sei explicar quais são os procedimentos de contratações ou a metodologia. É pena. Nos anos 80 e até há pouco tempo, houve grandes jogadores brasileiros no Benfica", admite.
Passou muitos anos em França, tanto como jogador com a camisola do PSG, como treinador também nos parisienses, no Bordéus e no Mónaco, mas a saudade do Benfica não passa, nem as saudades de Portugal.
"A pandemia quebrou o ritmo, mas vou voltar a fazer a visita anual. Claro e para além da parte desportiva. Criei os meus filhos aí. Há uma grande parte afetiva e familiar", confessa Ricardo Gomes a Bola Branca.