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Seleção Nacional

Martínez enaltece "invulgar" Quenda e lamenta lesões de Simões e Mora. "Gostaria de utilizá-los"

14 mar, 2025 - 13:14 • Inês Braga Sampaio

Selecionador nacional também explica a ausência de Tomás Araújo e a contínua chamada de João Félix, e analisa a Dinamarca, adversário dos quartos de final da Liga das Nações.

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Roberto Martínez não revela se é desde que Geovany Quenda, que deverá rumar ao Chelsea no verão de 2026, se estreia pela seleção nacional, mas enaltece o talento do extremo do Sporting, de 17 anos, e lamenta as lesões impeditivas do também leão João Simões e de Rodrigo Mora, do FC Porto.

"É invulgar encontrarmos jogadores tão jovens, estamos a falar de jogadores sub-18 - o Quenda é um, o João Simões, o Rodrigo Mora - que estão em destaque na nossa liga. Gostaria de utilizar esses jogadores também. É uma pena que o Simões e o Mora estejam lesionados. Mas faz parte da formação no futebol português. Gosto muito, porque o Quenda é um jogador que acompanhamos desde janeiro de 2023, ainda antes de se estrear na primeira equipa do Sporting, e agora é um exemplo dos jogadores da formação na liga", salienta o selecionador nacional.

Martínez anunciou, esta sexta-feira, os convocados para o duplo empate com a Dinamarca, a contar para os quartos de final da Liga das Nações. Primeira mão marcada para 20 de março, em Copenhaga, às 19h45, e e segunda para três dias depois, em Alvalade, à mesma hora, com relato em direto e acompanhamento na rádio, na app e no site da Renascença.

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É desta que Quenda se estreia?
"O que podemos controlar é a lista. O Geovany Quenda está a crescer muito, cresceu ainda mais desde o último estágio. Aos 17 anos ficar na seleção dois estágios mostra o potencial, o que nós pensamos dele e, agora, faz parte da competitividade no treino, do trabalho, do adversário, do que estamos a pensar fazer na Dinamarca, muitos aspetos. Mas é invulgar encontrarmos jogadores tão jovens, estamos a falar de jogadores sub-18 - o Quenda é um, o João Simões [Sporting], o Rodrigo Mora [FC Porto] - que estão em destaque na nossa liga. Gostaria de utilizar esses jogadores também. É uma pena que o João Simões e o Rodrigo Mora estejam lesionados. Mas faz parte da formação no futebol português. Gosto muito, porque o Quenda é um jogador que acompanhamos desde janeiro de 2023, ainda antes de se estrear na primeira equipa do Sporting, e agora é um exemplo dos jogadores da formação na liga. Na seleção, acompanhamos isso. Mais jogadores: o Francisco Chissumba [SC Braga], o Martim Fernandes [FC Porto]. A idade não é um problema. É uma questão de qualidade, compromisso e trabalhar duro."

Dinamarca
"Uma equipa competitiva. Treinador novo, mas mesmos conceitos. A Dinamarca tem muita personalidade. Em Copenhaga, há um ambiente espetacular. Jogadores muito experientes, também jogadores novos. O Isakssen, o Conrad Harder, jogadores que estão a aparecer, mas sempre com o mesmo modelo de jogo. Uma equipa com pressão alta, que corre riscos. Precisamos de estar ao máximo nível. É um desafio muito bom para nós."

António Silva em vez de Tomás Araújo
"O Tomás Araújo não está lesionado, mas tem uma lesão crónica. Temos uma boa relação com todos os clubes. Já fizemos isso com o Gonçalo Inácio no último estádio. É uma situação que significa que o Tomás Araújo agora não está disponível para a seleção. Não está a dizer que está lesionado. No jogo do Benfica com o Barcelona, o Tomás teve de sair antes do fim. Tem problemas que precisa de descansar e recuperar. A decisão é ajudar a recuperação do Tomás Araújo, para poder ficar a 100%. O António Silva fica na seleção porque os seus desempenho connosco merecem isso. É um jogador jovem, mas com muita experiência e os seus desempenhos na seleção justificam a sua presença."

[No final da conferência de imprensa, o assessor da Federação Portuguesa de Futebol esclareceu que o selecionador cometeu um erro linguístico e que Tomás Araújo não tem uma lesão crónica, mas sim uma "lesão de sobrecarga".]

Lista de 26 jogadores
"É março, é um estágio com condições e desafios inerentes. Precisamos de 26 jogadores porque há jogadores que não podem jogar dois jogos em 72 horas e precisamos de gerir isso. O Renato Veiga agora já treinou sete dias e está perfeitamente, mas estamos a falar de jogar dois jogos. Do Chico temos informação muito positiva e esperamos que fique no banco no fim de semana. E temos dez jogadores com cartões amarelos, isso quer dizer que podemos perder muitos jogadores no primeiro jogo. Então, precisamos de trabalhar profissionalmente, da melhor forma, para ajudar a equipa a ganhar o jogo com a Dinamarca."

Novo presidente da FPF, Pedro Proença
"Está a correr bem, como esperado. Novo presidente, nova Direção, pessoas novas, mas os objetivos de sempre. O presidente está a transmitir qualidade e todas as condições necessárias à obtenção dos objetivos. Estou a começar a relação com o presidente, mas tudo está a correr bem."

Lesões dificultam escolhas?
"Estamos a falar de um jogador como Cancelo, Otávio, Tomás Araújo, jogadores que ficaram de fora por lesão, mas o que queremos é criar um grupo com muita competitividade. O processo de escolha é meticuloso, profissional, com responsabilidade, mas queremos um trabalho difícil. Utilizámos 30 jogadores, mais quatro sem minutos, mas preparados, nos três últimos estágios. Agora temos uma limitação do número de jogadores que podemos convocar. Se pudesse chamar todos, chamava, porque eles merecem. Mas não é possível. Queremos criar uma visão de futuro, um grupo competitivo que mantenha o nível quando jogadores ficam de fora por situações do futebol."

Vai aproveitar a dupla Vitinha-João Neves?
"Adorei o desempenho do PSG e dos nossos jogadores, mas precisamos de relembrar que a dupla Vitinha-João Neves começa na seleção antes do PSG. Estamos a falar de Alvalade, junho de 2024, e a primeira vez que vimos, sentimos uma química especial. Estamos a falar de uma dupla de alto, alto nível. Estamos num contexto diferente, com jogadores diferentes e precisamos de equilibrar o onze, mas para um selecionador e para uma equipa técnica, é fantástico ver a exibição dos nossos jogadores na Liga dos Campeões. Acho que o Vitinha agora é o maestro do futebol europeu, é o homem da batuta. Gosto muito, mas não é uma coisa nova, ele já foi o homem do jogo contra a Chéquia no Europeu, já vimos o Nuno Mendes jogar numa posição diferente em que agora também o utilizam no clube, é muito importante ver os jogadores crescer no espaço dos clubes, mas também em relação ao que fazem na seleção. Estamos muito orgulhosos."

Tomás Araújo prejudicado por jogar a lateral?
"Não. É uma questão tática. O jogador no seu clube precisa de ajustar, afinar, equilibrar uma posição tática, um conceito tático. O que avaliamos é a experiência, o desempenho para o Tomás Araújo jogar na Liga dos Campeões. Os jogos com o Barcelona foram uma experiência brutal, é o que ele precisa. Jogar numa posição ou outra ajuda a crescer. O Tomás Araújo está a melhorar muito com a possibilidade de jogar numa posição diferente da que habitualmente desempenha. Não é uma situação negativa, se calhar é uma situação positiva."

Rui Silva no Sporting
"É um jogador experiente. A sua chegada a Portugal foi muito importante, a nível futebolístico e pessoal. É um desafio importante para o Rui, mas ajuda sempre jogar uma competição como a Liga dos Campeões, ajuda muito tentar ganhar um campeonato, ajuda muito a exigência que ele tem na baliza do Sporting. Mas o papel do Rui está a continuar muito positivo, porque ele fez o primeiro estágio connosco."

João Félix inconstante nos clubes, indispensável na seleção
"Não há lugares garantidos, mas acredito muito nas valências do João Félix. Para jogar entrelinhas, é um jogador muito diferente e especial. A razão de o João Félix continuar na seleção é o que ele fez no último estágio, em que fez o melhor estágio dos meus últimos anos como selecionador de Portugal. O golo contra a Croácia, o trabalho durante o estágio... É importante para nós avaliar isso. Ele não está a ter momentos constantes, teve três meses de alto nível no Barcelona, teve uma estreia incrível em Milão... O que está a fazer nos clubes é uma situação da sua carreira, mas a convocatória, o espaço do João Félix na seleção é pelas suas valências é pelo que ele faz na seleção, nomeadamente o último estágio."

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