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Joaquim Rodrigues Jr. pendura capacete e passa a diretor desportivo

01 abr, 2024 - 20:02 • Lusa

O piloto de Barcelos participou no Dakar entre 2017 e 2024, e diz que "as corridas nunca mais foram a mesma coisa" desde a morte do piloto Paulo Gonçalves, cunhado de Joaquim Rodrigues, numa etapa do Dakar em 2020.

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O piloto português Joaquim Rodrigues Jr. pôs um ponto final na carreira de piloto de motociclismo, aos 42 anos, e assume o papel de diretor desportivo da Hero Motosports nos ralis com efeitos imediatos, anunciou a equipa esta segunda-feira.

“Estamos satisfeitos por anunciar que JRod [alcunha por que é conhecido o piloto de Barcelos] vai agora dar apoio como diretor desportivo, coordenando o treino dos pilotos e apoiando o desenvolvimento da mota através da sua vasta experiência”, lê-se no comunicado da equipa. O contrato é válido por um ano, com possibilidade de renovação.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Rodrigues Jr. explicou que as dúvidas começaram a surgir durante a prova de Abu Dhabi, a contar para o Campeonato do Mundo de ralis de todo-o-terreno, que acompanhou de fora devido a uma lesão sofrida na edição de 2024 do rali Dakar, depois de uma queda na primeira etapa.

“As dúvidas começaram a surgir. Cheguei a Abu Dhabi e senti que não queria estar a arrancar. Quando sentimos que já não queremos estar ali, é hora de parar”, frisou o piloto natural de Barcelos.

Após 35 anos de carreira, Joaquim Rodrigues lembrou que, desde o acidente mortal do cunhado, o piloto Paulo Gonçalves, na sétima etapa do rali Dakar de 2020, “as corridas nunca mais foram a mesma coisa”.

“Voltei ao Dakar para enfrentar os meus traumas mas nunca foi a mesma coisa. Entretanto, houve lesões e chegámos à conclusão de que há mais coisas além disso”, explicou.

Piloto quer ajudar a equipa a "lutar pela vitória"

O barcelense, de 42 anos, mostrou-se orgulhoso do trajeto da equipa e de uma mota que ajudou a desenvolver, desde o primeiro ano em que participou no Dakar, em 2017, tendo competido na maior maratona de todo-o-terreno consecutivamente até 2024.

O objetivo, agora, passa por “ajudar a equipa a lutar pela vitória”.

Ao longo dos 35 anos de carreira, primeiro como piloto de motocrosse e supercrosse, Joaquim Rodrigues Jr. conquistou diversos títulos nacionais dessas modalidades antes de chegar ao Mundial, em que competiu como piloto oficial da Honda e, depois, da VOR. Seguiu-se uma aventura nos Estados Unidos, onde o ponto alto foi o terceiro lugar no supercrosse de Pontiac, em 2005, com a Honda.

De regresso a Portugal, competiu no Nacional de enduro, sagrando-se campeão, antes de se aventurar nos ralis.

Com a Hero conquistou, ainda, o rali Pan-Africa, em Marrocos, e diversas vitórias em etapas de provas do Campeonato do Mundo, além de uma vitória numa etapa do Dakar, em 2022.

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