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Euro2024

“Tivemos de usar os equipamentos dos sub-21”: quando a Dinamarca maravilhou a Europa em 1992

16 jun, 2024 - 08:15 • Carlos Calaveiras

A UEFA afastou a Jugoslávia na secretaria e os dinamarqueses foram obrigados a interromper as férias, foi um conto de fadas. A Dinamarca arranca este domingo o Euro2024 (vs. Eslovénia, 17h)

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A situação estava complicada para os “vikings”, mas numa seleção que tinha Schmeichel, Brian Laudrup, Larsen ou Povlsen, mas já não Michael Laudrup, que se tinha incompatibilizado com o selecionador, tudo era possível e a sorte começou a mudar na terceira jornada.

A combinação de resultados necessária para a qualificação era complexa: a Dinamarca estava obrigada a vencer a França e a Suécia tinha de derrotar a Inglaterra.

Os astros alinharam-se no último quarto de hora das duas partidas: Lars Elstrup deu a vitória aos dinamarqueses, aos 78 minutos, e Brolin marcou para os suecos, aos 82. E assim se concretizou a surpresa: a “veraneante” Dinamarca já estava no “top 4”.

Na partida das meias-finais, a Dinamarca derrotou a Holanda - campeã europeia em título - nas grandes penalidades, após um eletrizante 2-2 no tempo regulamentar. O mítico avançado Marco Van Basten foi o único a falhar da marca dos 11 metros.

E eis que a 26 de junho, em Gotemburgo, aconteceu o impensável poucas semanas antes: a Dinamarca estava na final de um Europeu, tendo terminado o grupo de qualificação em segundo lugar e tendo os seus jogadores sido chamados à última hora, a uma semana do início do evento.

No jogo decisivo, perante quase 38 mil espectadores no Estádio Ullevi e seguramente milhões pela televisão, a Dinamarca voltou a ser “David” e derrotou o “Golias” Alemanha, que procurava o terceiro título.

Os germânicos foram superiores, tiveram mais oportunidades, mas um intratável Schmeichel manteve a sua baliza a zero.

Um golo em cada parte, por Jensen e Vilfort, carimbou a maior surpresa de sempre num Europeu, pelo menos até – uns anos depois – a Grécia ter vencido o Euro2004 em Portugal, contra a equipa da casa.

“Nós conseguimos mesmo conquistar o Campeonato da Europa. Incrível. Não conseguias acreditar nisso, nem quando seguravas o troféu. Nem no caminho para casa ou na festa durante a noite. Para terminar um conto de fadas precisas de um final feliz e eu não acho que podia ter sido escrito melhor do que isto”, referiu Jensen.

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