20 jun, 2024 - 12:45 • Hugo Tavares da Silva
Ahh, aquelas quentinhas tardes de junho de 2000. Foi talvez o último Campeonato da Europa que foi sublime na estética e no espaço que os artistas tinham para jogar. E afortunados os que decidiram investir 90 minutos no Jugoslávia-Eslovénia. Zahovic era o maestro do lado esloveno, do outro havia uns quantos magos. Um deles era Ljubinko Drulovic, o senhor que até conseguia tirar cafés com a canhota…
Em entrevista a Bola Branca, o ex-futebolista e atual selecionador sub-21 da Sérvia (que está na Alemanha com os ‘A’) lembrou esse jogo memorável. Falou na mentalidade, na recuperação de 0-3 para 3-3, com direito a golo de bico e assistência de trivela, claro, e até de Chalana e Maradona. Esta tarde há um nostálgico Sérvia-Eslovénia (14h00). Mas há também um Dinamarca-Inglaterra e um Espanha-Itália, que leva a lembrança para a final de 2012, quando os espanhóis meteram quatro golos na baliza de Buffon. Riccardo Calafiori, um central com um ‘look’ de tempos idos, é uma das atrações. A Inês Braga Sampaio conta-nos tudo.
Recorde o que foi dito na Tertúlia Bola Branca sobre a estreia de Portugal no Euro2024. Será que Francisco Conceição, herói improvável da seleção de Roberto Martínez, terá mais minutos? Israel Dionísio, um ex-treinador na formação do FC Porto, acha que “três ou quatro minutos não serve de nada”. Entretanto ficámos a saber o árbitro para o Portugal-Turquia de sábado, em Dortmund.
Quarta-feira houve mais uma barrigada de futebol, como nos conta o Francisco Sousa no seu texto-resumo.
Alemanha 2-0 Hungria. Esta gente que joga perante a sua gente vai voando nas asas de Kroos, Wirtz, Musiala e Gundogan. Foram os dois últimos que fizeram os golos e garantiram assim o apuramento para a próxima fase.
Croácia 2-2 Albânia. Mais uma partida elogiada pela coragem e falta de calculismo exarcebado. E com muita emoção à mistura. Laci marcou primeiro para os atrevidos albaneses. Kramaric empatou aos 74’ e Gjasula meteu a bola na própria baliza e deu vantagem aos croatas. O mesmo Gjasula, para compensar, fez o golo do empate aos 90’+5.
Escócia 1-1 Suíça. A Escócia surgiu com outra postura, depois de ter sido completamente atropelada pelos alemães na jornada inaugural. E contaram com o bom do Billy Gilmour. O ‘red devil’ Scott McTominay fez o 1-0, o eterno Shaqiri empatou depois. O suíço, protagonista do 'síndrome Ochoa', brilha de dois em dois anos e é o único a fazer golos nos últimos três Europeus e três Mundiais. Admirável. O empate deixa tudo em aberto.
Há poucos adjetivos para descrever o quão especial é Xherdan Shaqiri. Um escocês errou e ele, qual sábio de outros séculos, bateu assim à Beckham com a canhota para fazer um golaço, que até vem confirmando a tendência em contraciclo com o que se vê na elite do futebol: golos de fora da área.
“Se a bola caísse para outro jogador suíço, não seria golo. Isto diz o que penso do Shaqiri. Quando foi para ele, estava destinada a ir para o fundo das redes”, confessou Steve Clarke, o selecionador escocês.
“Heroes & Humans of Football” é um podcast de Simon Kuper, um colunista do “Financial Times”, e Mehreen Khan, o editor de Economia do “The Times”. O episódio desta quinta-feira até sobre Messi e a Argentina, mas calha bem porque vem aí a Copa América (20 de junho-14 de julho).
Eslovénia-Sérvia às 14h00, em Munique
Dinamarca-Inglaterra às 17h00, em Frankfurt
Espanha-Itália às 20h00, em Gelsenkirchen
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