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Futebol Internacional

Algumas das 580 transferências das "big-5": mais de 1000 milhões e portugueses ao barulho

04 fev, 2025 - 12:45 • Hugo Tavares da Silva

O futebolista mais dispendioso neste período inverniço foi Jhon Durán. Manchester City gastou mais de 200 milhões e os clubes espanhóis receberam mais dinheiro do que gastaram.

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Dispensemos alguns segundos de silêncio pelas baterias e pelas vísceras dos telefones de agentes e diretores desportivos. Os últimos dias brindaram-nos com o habitual corrupio, qual labirinto de surpresa e desilusão, de necessidade e de negócios que pertencem ao incompreensível. Houve, como sempre, de tudo.

Só nas cinco principais ligas europeias registaram-se 583 vendas no mercado de inverno, contabilizou até agora o “The Guardian" (a lista ainda não esta fechada). Circularam mais de 1000 milhões de euros entre entidades desportivas e indivíduos cheios de méritos e outros com menos méritos, homens e mulheres com o dom da manobra, da resposta a necessidades ou outras coisas, cartomantes sem capa. No fundo, pessoas que metem a moedinha no carrossel para que nunca pare de girar. Nunca.

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O futebolista mais dispendioso deste período inverniço foi Jhon Durán. O colombiano trocou o Aston Villa pelo Al Nassr de Cristiano Ronaldo, por qualquer coisa como 77 milhões de euros. Depois, surge Omar Marmoush, o avançado do Frankfurt que se mudou para o Manchester City para lamber as feridas de um grupo que já não vê no espelho o triunfo e a eternidade. Custou 70 milhões.

O mago georgiano Kvaratskhelia mudou-se para o PSG por outros 70 milhões. Pep Guardiola, que tanto se gabou que o City gastava pouco dinheiro ou menos que os outros, veio até Portugal para recrutar Nico González, o bom médio do FC Porto e filho de Fran, por cerca de 60 milhões. O top-5 é fechado por Xavi Simons, do PSG para o Leipzig, por 50 milhões.

Se quisermos agudizar o desamor dos raros leitores pelo Manchester City e pela antiga narrativa de que só ganham porque gastam quilos e quilos de dinheiro, convém adicionar o sexto e o sétimo futebolistas da lista: Abdukodir Khusanov e Vitor Reis, de Lens e Palmeiras, também se mudaram o Etihad. Por 41 e 36 milhões, respetivamente. Os 'cityzens' torraram mais de 200 milhões neste mês de janeiro, uma parcela importante dos 448 milhões desembolsados pelos clubes da Premier League. Faltou referir a chegada de Juma Bah, proveniente do Valladolid, por seis milhões de euros, uma ninharia.

O Manchester United confirmou a chegada de Patrick Dorgu, o lateral do Lecce, por 30 milhões de euros. Em sentido contrário, ou seja, para longe longe do Old Trafford, seguiram Marcus Rashford e Antony, para Aston Villa e Betis. Vítor Pereira e o seu Wolves receberam Emmanuel Agbadou e Marshall Munetsi, ambos do Reims, e Nasser Djiga, do Estrela Vermelha. Custaram cerca de 32 milhões os dois.

Em Itália, Sérgio Conceição esfregou as mãos. Recebeu Kyle Walker, João Félix, Riccardo Sottil, Warren Bondo e Santiago Giménez. Apenas os dois últimos, um francês e um mexicano, outrora um suposto alvo do Benfica, assinaram em definitivo, um por 9.6 milhões e outro por 33 milhões. Já Davide Calabria, o tal jogador do sururu com Conceição, saiu para o Bologna. Daniel Maldini trocou o Monza pela Atalanta. Perdoem-nos, com este apelido estaria sempre neste artigo. O ex-Benfica Cher Ndour foi para a Fiorentina, que deixou sair Lucas Quarta para o River e confirmou o regresso de Zaniolo.

O português Dani Silva deixou o Verona e mudou a vidinha para a Dinamarca. O futebolista de 24 anos vai jogar no Midtjylland. Por outro lado, Danilo Veiga chegou ao Lecce, deixando assim a Reboleira. Como ex-companheiro e futuro companheiro de equipa terá Tiago Gabriel, que também deixou o Estrela da Amadora e assinou pelo Lecce. A reunião fica completa com Renato Veiga, o reforço da Juve, por empréstimo do Chelsea.

Em Espanha, terra de gente responsável ou assim onde se gastou menos (31 milhões) do que se recebeu (49 milhões), não há grandes motivos para fabricação de saliva. O senhor futebolista mais caro que chegou a La Liga foi Cucho Hernández, do Columbus Crew para o Betis, que perdeu Assane Diao para o Como, o antigo clube de Belotti e novo clube de Dele Alli (e de Ikoné, Smolcic, Azón, Butez, Vojvoda, Douvikas e Caqueret). Interessante, interessante é a mudança de Arthur Melo para o Girona, que perdeu Pau López para o Marselha.

Na Bundesliga também se viveu alguma turbulência, sem nomes que façam cair queixos, não se entusiasmem. Elye Wahi voou para o Eintracht Frankfurt, abandonando o Marselha de Roberto de Zerbi, por 26 milhões de euros. E Arthur Vermeeren deixou o Atlético, não da Tapadinha mas de Madrid, para jogar no Leipzig, por 23 milhões. O campeonato alemão perdeu Donyell Malen, o neerlandês vai jogar para Unai Emery no Aston Villa. O Werder Bremen assinou André Silva.

Bom, o futebol é isto. Ficamos por aqui, que a lista é interminável. Que comecem as novas histórias, que se renovem as esperanças, que se inventem novos truques no relvado e se estreiem cantorias nas bancadas. Até ao verão vai ser um tirinho, prometemos...

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