06 mar, 2025 - 23:35 • Rui Viegas
O técnico Paulo Fonseca foi suspenso por nove meses, nas competições internas, depois de ter encostada a cabeça a um árbitro. O presidente da associação de treinadores comenta a situação.
Em declarações a Bola Branca, José Pereira considera injusto o castigo a Paulo Fonseca, apesar de o seu comportamento ser condenável.
“Naturalmente, não louvamos a ação do Paulo, mas achamos um exagero. Há algum exagero para um homem com H grande e que teve o seu descuido como qualquer ser humano pode ter em qualquer altura”, disse.
Para José Pereira o castigo poderia ser outro, não fora Paulo Fonseca um treinador estrangeiro a atuar em França.
“Não se pode fazer de uma pessoa séria, honesta e competente – e com um passado que fala por si - o bode expiatório. Tal como poderá acontecer em Portugal. E eventualmente também por ser um treinador estrangeiro, de forma a chamar a atenção dos restantes agentes desportivos”, acrescenta José Pereira.
Apesar do dono do clube, John Textor, já ter mostrado abertura para a continuidade de Paulo Fonseca, uma saída não é de descartar.
“Os franceses não têm um contrato de trabalho como os treinadores portugueses. Mas, evidentemente, depende do que pensem os dirigentes. Se decidirem que não terá condições para continuar, o Paulo negociará para que nem um, nem outro, fiquem prejudicados. Presidirá o bom senso para resolverem o problema”, refere.
Na primeira partida após o incidente, o Lyon venceu, por 3-1, para a Liga Europa, e os jogadores mostraram-se solidários com o técnico luso.