28 mar, 2025 - 10:33 • Inês Braga Sampaio
O ex-jogador Daniel Alves foi absolvido, pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, do crime de agressão sexual por que fora sentenciado a quatro anos e meio de prisão, segundo a rádio espanhola "Cadena SER".
O ex-defesa internacional brasileiro, de 41 anos, tinha sido condenado, em fevereiro de 2024, a quatro anos e meio de prisão - pena perto do valor mínimo - por agredir sexualmente uma mulher de 23 anos, numa casa de banho de uma discoteca, em Sutton, Barcelona, em dezembro de 2022.
Dani Alves recorreu para o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e um painel composto por três mulheres e um homem deliberou que o testemunho da jovem não é suficiente para manter a condenação. Neste caso, prevalece o direito do ex-jogador à presunção de inocência.
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O tribunal que sentenciou Dani Alves já tinha detetado um "desajuste" no relato da vítima, que afirmou que estava incómoda com o ex-futebolista e que ele a tinha levado para a casa de banho. Contudo, as imagens das câmaras de segurança deixavam transparecer um "acordo prévio" para irem à casa de banho um seguido do outro. No entanto, este desajuste, segundo os magistrados, "não afeta o núcleo essencial da conduta do ex-internacional brasileiro" e não é suficiente para "provar de credibilidade o relato" de relações sexuais não consentidas, explica a "Cadena SER".
Porém, o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha considera que esse "desajuste" faz com que o testemunho da queixosa não seja suficiente para contrabalançar a presunção de inocência. Por unanimidade, o painel entende desvirtua o relato da mulher do que sucedeu dentro da casa de banho, quando já não havia câmaras nem testemunhas.
Foi sentenciado em fevereiro de 2024, mas encontrava-se em liberdade condicional desde março do mesmo ano, até sair o resultado do recurso, depois de ter conseguido pagar a fiança de um milhão de euros.