08 jan, 2025 - 22:28 • Inês Braga Sampaio
Carlos Carvalhal assume que o Sporting de Braga não mostrou frente ao Benfica, na meia-final da Taça da Liga, esta quarta-feira, nada do que o ajudou a derrotar o mesmo rival na Luz, há quatro dias.
Em declarações à Sport TV, o treinador arsenalista lamenta a "falta de agressividade" da sua equipa, frente a um Benfica que estava "ferrado", depois do que tinha acontecido na última jornada do campeonato.
"Com essa falta de agressividade, aliada ao facto de o Benfica estar ferrado, o Benfica chegou ao 1-0, 2-0 logo a seguir, que acabou por ser um duro golpe numa equipa como a nossa, que também não estava a fazer muito. Ainda conseguimos chegar à frente, estávamos a tentar explorar um bocadinho a transição, mas a falta de agressividade ia levar-nos a perder este jogo. Temos de ser mais agressivos, não podemos chegar ao intervalo de uma meia-final da Taça da Liga com duas faltas", refere.
Carvalhal também assinala que o segundo golo do Benfica "não é aceitável" e admite que vai ter de falar com a equipa: "Não vou estar a carregar em cima da equipa, já o fiz várias vezes. Também tenho de levantar os jogadores, tentar entendê-los, tentar compreender. Eles fizeram um jogo extraordinário no sábado e hoje as coisas não fomos intensos, não fomos agressivos. Perdemos tudo."
Depois desta "vitória inteiramente justa do Benfica", o treinador do Braga reconhece que o desafio é "estabilizar" a equipa. Já os encarnados vão disputar a final da Taça da Liga, frente ao Sporting, no sábado, às 19h45, num jogo que terá relato em direto e acompanhamento da Renascença.
Como se explica este resultado, depois da vitória na Luz há quatro dias? "Explica-se com factos: duas faltas ao fim de 45 minutos numa meia-final da Taça da Liga. Na segunda parte terão sido três ou quatro. Não é possível, é um sintoma da falta de agressividade da nossa equipa. Chegávamos sempre tarde, dividimos muito mal as bolas, ao contrário do último jogo, em que ganhávamos quase sempre a bola. Hoje, ganhámos uma ou duas. Com essa falta de agressividade aliada ao facto de o Benfica estar ferrado, como nós estávamos no jogo passado, o Benfica imprimiu velocidade, chegou ao 1-0, 2-0 logo a seguir, que acabou por ser um duro golpe numa equipa como a nossa, que também não estava a fazer muito. Ainda conseguimos chegar à frente, estávamos a tentar explorar um bocadinho a transição, mas a falta de agressividade ia levar-nos a perder este jogo. Temos de ser mais agressivos, não podemos chegar ao intervalo de uma meia-final da Taça da Liga com duas faltas."
Aplaudiu após o primeiro golo, ficou cabisbaixo após o segundo: "Perante uma equipa boa, que está ferrada... Temos de falar, temos de corrigir, mas não é aceitável, não podemos sofrer aquele segundo golo da forma como sofremos. Mas não vou estar a carregar em cima da equipa, já o fiz várias vezes. Também tenho de levantar os jogadores, tentar entendê-los, tentar compreender. Eles fizeram um jogo extraordinário no sábado e hoje as coisas não fomos intensos, não fomos agressivos. Perdemos tudo. Vitória inteiramente justa do Benfica."
Braga muito irregular: "Desde o primeiro dia que disse que o meu trabalho seria difícil. Se calhar, não esperava que fosse tão difícil. A verdade é que, num ano que não tem sido fácil, chegamos em janeiro às decisões todas. Também temos mérito de chegar a esta meia-final. Queríamos revalidar o troféu, obviamente. Mas chegámos às decisões e vamos ter mais este mês. É um trabalho difícil. é reparar coisas e colmatá-las, para podermos passar a próxima eliminatória da Taça de Portugal, e depois preparar o jogo do Estrela da Amadora da melhor forma e tentar que a equipa possa progredir. Temos sido resilientes, levamos um tropeção muitas vezes inexplicável e na semana seguinte damos uma resposta muito boa. Estamos a conseguir fazer a revitalização da equipa, o mais difícil está a ser estabilizá-la. O trabalho é difícil, mas se calhar se fosse difícil não era para a minha equipa técnica."
Expulsão de Jónatas Noro: "Ele já tinha feito a sua estreia na Taça de Portugal. Era o segundo jogo. Tem apenas 19 anos, é um valor do nosso clube. O que lhe disse - ele estava a chorar no balneário - foi, 'olha, quero ver-te a chorar por termos perdido, não por teres dido expulso'. Ele estava a dizer, 'tive esta oportunidade...' E eu respondi que, obviamente, não lhe faltarão oportunidades, vai ter muitas oportunidades com certeza, porque tem um futuro brilhante pela frente."