15 jan, 2025 - 13:20 • João Filipe Cruz
Taça de Portugal é sinónimo de festa. A ideia pode fazer sentido para os adeptos, que suspiram por tomba-gigantes, mas esses não alinham em frases feitas.
"Não vimos a Braga para fazer parte de uma festa com vencedor antecipado. Vimos aqui para fazer o nosso melhor, potenciar as nossas probabilidades para vencer o jogo", garante o presidente do Lusitano de Évora à Bola Branca.
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Pedro Caldeira não nega que jogar na Pedreira, frente ao Sporting de Braga, é para os jogadores "desfrutarem", mas não tira o pedal da exigência, mesmo quando se orgulha de vestir o fato de David. Até porque o fato serviu e chegou para eliminar duas equipas de Primeira e uma de Segunda.
O Lusitano enfrenta os arsenalistas nos oitavos de final da Taça, uma fase que não chegava há mais de 60 anos, e o entusiasmo está latente na cidade em que descansa Diana.
"Os adeptos e sócios do Lusitano estão bastante otimistas, se calhar até demais. Mas entendemos. Acreditam que é possível, que jogar com equipas de Primeira Liga não nos tira possibilidades de vencer. Acima de tudo, sinto que não são só os adeptos atrás do clube, é toda a cidade. A cidade está a viver o jogo", explica.
Em Évora foram vendidos 300 bilhetes, há dois autocarros com uma centena de adeptos reservados para Braga, mas o presidente dos lusitanistas acredita que podem ser "mais", ainda que reconheça que o facto de amanhã ser "dia de trabalho" e o jogo ser a mais de 400 quilómetros de distância não ajude.
Apesar de ser um dia de festa, os objetivos do Lusitano são bem claros e não são de hoje. "Sem dúvida que o jogo de hoje não tem mais importância que o jogo de domingo, contra o Amora. O nosso foco é o campeonato e nada é mais importante que isso", sublinha o dirigente do segundo classificado da sua série no Campeonato de Portugal.
E sobre o mercado e os olhos que estão virados para Évora, Pedro Caldeira deixa uma garantia: "Não recebi nenhuma chamada nesse sentido e não vale a pena receber porque em janeiro não sai ninguém, garantidamente".