27 jan, 2025 - 17:44 • Inês Braga Sampaio
O Santa Clara manifesta "o seu mais firme repúdio" pelos comentários "racistas e xenófobos" de que tem sido alvo o seu guarda-redes Gabriel Batista, desde o jogo com o FC Porto, em que defendeu dois penáltis.
"Este é, infelizmente, um cenário que se vem banalizando no futebol e muitas vezes fica até uma ideia social de ‘anestesia’, em que já pouco se valorizam estes atos. Mas sejamos claros: não vamos normalizar o erro. Não continuemos a validar o atraso social. Não banalizemos a ameaça, pois falamos de matéria criminal", pode ler-se no comunicado publicado, esta segunda-feira, no site oficial do clube açoriano.
O Santa Clara manifesta "o natural apoio" a Gabriel Batista. Gesto estendido ao jogador do FC Porto Wanderson Galeno, que também foi alvo de insultos de caráter racista e xenófobo nas redes sociais, depois de ter falhado as duas grandes penalidades que Batista defendeu.
"E não nos esquecemos de todos os casos que aconteceram e – estamos desafortunadamente seguros – continuarão a acontecer. Por isso mesmo, e porque o que o futebol não é isto, não nos calaremos nesta luta", lê-se.
No domingo à noite, após o jogo no Estádio do Dragão, que terminou empatado a um golo, Gabriel Batista denunciou comentários racistas e xenófobos de que foi alvo nas redes sociais e que classificou como "inaceitáveis nos dia de hoje". Mais tarde, apagou a publicação.
“Macaco” e “boi” são alguns dos insultos, para além de outros com expletivos, e uma frase ameaçadora: “Vou a tua casa matar-te.”
O jogador brasileiro escreveu, na publicação entretanto apagada, que "racistas não passarão". Galeno, que, como referido, foi alvo de insultos da mesma índole, decidiu suspender as suas contas nas redes socias.