Da "falta de transparência" na eleições federativas à primeira derrota de Proença

"Mais transparência" nas eleições para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). A "exigência" parte de Carlos Marta, candidato derrotado por Fernando Gomes, o presidente que agora vai cessar funções, nas eleições de 2011.

A horas do ato eleitoral e da passagem de testemunho na Cidade do Futebol, o antigo dirigente, em Bola Branca, defende que o "universo de 84 delegados votantes é curto" em termos de representatividade do futebol nacional.

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"Há uma representação delegada que não me parece a mais adequada para a transparência de todo o processo eleitoral", confessa. Com menos delegados votantes é mais fácil mover a influência? "Não queria entrar por aí, mas está subjacente à minha resposta anterior."

Pedro Proença e Nuno Lobo são, então, os concorrentes à principal cadeira federativa. O segundo deixou a Associação de Futebol de Lisboa (AFL) e foi substituído por Vítor Filipe, após a votação desta quarta-feira.

O novo líder associativo bateu Rui Rodrigues (65,3% contra 34,7%) e sucede a Lobo, de quem foi conselheiro durante três mandatos. O bancário, licenciado em direito, foi ainda provedor do adepto da AFL.

Com este triunfo, saem por outro lado derrotados Benfica, Sporting e... Proença. Águias e leões não acompanhavam a lista do novo presidente da AFL, estendendo assim - segundo Filipe - o apoio que já depositam no presidente da Liga para a corrida deste à FPF.

"O Nuno Lobo é uma lufada de ar fresco e alguém fora do sistema. Nada me move contra Pedro Proença, mas tenho é mais a favor de Nuno Lobo", defende Vítor Filipe.

Venceu sem o apoio de Benfica e Sporting?, questionou esta rádio. "A leitura é clara. Pedro Proença apoiava o candidato por mim derrotado e tem o apoio de Benfica e Sporting para a federação. Agora, as pessoas concluam o que têm de concluir."