26 mar, 2025 - 18:17 • Pedro Castro Alves
A Federação Portuguesa de Futebol “é vítima” dos factos que motivam a operação “Mais-Valia”.
O advogado Pedro Marinho Falcão, em entrevista a Bola Branca, explica que a FPF é a principal lesada dos alegados crimes e que pode até vir a ser indemnizada.
“A FPF é vítima, porque devia ter recebido um preço superior àquele que recebeu. Portanto, pode, no processo de crime, formular um pedido cível que corresponderá à diferença entre o valor pelo qual o imóvel foi efetivamente vendido e o preço que a Federação recebeu”, explica o advogado.
Em causa, no processo, está a suspeita de que o valor declarado pela venda do edifício da antiga sede da FPF tenha sido inferior ao valor pelo qual foi efetivamente vendido.
explicador renascença
A Operação "Mais-Valia" trata de suspeitas dos cri(...)
Os factos ocorreram durante a presidência de Fernando Gomes, mas o envolvimento do atual presidente do Comité Olímpico de Portugal já foi afastado pelo diretor nacional da Polícia Judiciária.
Sobre as declarações de Luís Neves, em plena tomada de posse de Fernando Gomes no COP, Marinho Falcão admite que “não é habitual”, mas o diretor da PJ deve ter conhecimento de detalhes que o justifiquem.
“Não é habitual o investigador, logo no início da investigação, afastar pessoas que estivessem no exercício de funções executivas [à data dos factos investigados] e, portanto, para que o diretor nacional da Polícia Judiciária o tivesse feito, é porque tem certeza e tem elementos fácticos”, começa por explicar, nestas declarações à Renascença.
“Qual é o propósito? Para que não recaiam sobre ele [Fernando Gomes] suspeitas de envolvimento na prática do crime, até porque tem um cargo de responsabilidade no âmbito do Comitê Olímpico de Portugal e, portanto, faz sentido, mas pressupõe que o diretor da Polícia Judiciária tenha, que julgo que terá, senão não o teria feito, elementos concretos que lhe permitam tomar esse tipo de posição”, conclui.
Acompanhado de Fernando Gomes, Luís Neves garante (...)
Sobre as declarações de Luís Neves, em plena tomada de posse de Fernando Gomes no COP, Marinho Falcão admite que “não é habitual”, mas o diretor da PJ deve ter conhecimento de detalhes que o justifiquem.
“Não é habitual o investigador, logo no início da investigação, afastar pessoas que estivessem no exercício de funções executivas [à data dos factos investigados] e, portanto, para que o diretor nacional da Polícia Judiciária o tivesse feito, é porque tem certeza e tem elementos fácticos”, começa por explicar, nestas declarações à Renascença.
“Qual é o propósito? Para que não recaiam sobre ele [Fernando Gomes] suspeitas de envolvimento na prática do crime, até porque tem um cargo de responsabilidade no âmbito do Comitê Olímpico de Portugal e, portanto, faz sentido, mas pressupõe que o diretor da Polícia Judiciária tenha, que julgo que terá, senão não o teria feito, elementos concretos que lhe permitam tomar esse tipo de posição”, conclui.