11 abr, 2025 - 09:55 • Eduardo Soares da Silva
A centralização dos direitos audiovisuais é um dos temas mais importantes para a liderança da Liga de Clubes no mandato entre 2025 e 2027. O que disseram os dois candidatos, Reinaldo Teixeira e José Gomes Dias, sobre o assunto?
À Renascença, José Gomes Dias lamenta que "apenas Portugal e o Chipre não tenham a comercialização dos direitos centralizada”.
Já segue a Bola Branca no WhatsApp? É só clicar aqui
"Estou convicto que todos os clubes, incluindo os ditos grandes, que têm maiores receitas, percebem justamente que o problema desta diferença de receitas, entre os clubes maiores e os outros, é um problema que nos retira competitividade, que prejudica a nossa performance global nas competições europeias. E no fim do dia eu acho que os clubes maiores não estarão de todo interessados que nós daqui a dois ou três anos tenhamos apenas uma equipa na Champions", previu.
Entrevista Renascença
Líder da AF Algarve e coordenador dos delegados as(...)
Nesse sentido, o atual presidente da Mesa da Assembleia Geral defende que a centralização vai reforçar a "classe média" dos clubes portugueses, "para que possamos pontuar todos os anos e termos lá o lugar a que temos direito".
"As pessoas dizem que o campeonato português é pouco interessante internacionalmente, dá poucas receitas, o que é verdade. Globalmente, face à nossa concorrência, é difícil colocar o pacote completo”, admitiu.
E continuou: "Mas fui ver o jogo do FC Porto com o Benfica, e vi um jogo espetacular. Agora não falo dos resultados, porque isso é entre os clubes, mas do ponto de vista da organização, do estádio, do espetáculo. Isto para dizer o quê? Aquilo é muito vendável. Nós podemos ter pacotes ou sub-pacotes que são muito vendáveis internacionalmente”.
Entrevista Renascença
O candidato à presidência da Liga de Clubes define(...)
O modelo da centralização tem de estar traçado até 2026 e, caso os clubes não consigam encontrar um consenso, "então está tomada a opção de sermos uma liga periférica."
Reinaldo Teixeira alinha num discurso semelhante. Também na sua entrevista na Renascença, descreveu que "a centralização propõe valores superiores a distribuir para a atividade".
"Naturalmente, havendo mais valor, consegue-se mais competitividade. Consequentemente, aumenta a competitividade para as nossas equipas que vão à Europa. Há um decreto de lei em vigor, temos de honrar a lei e o desafio é sabermos cumprir essa lei, sob pena de, se não o fizermos, alguém o faça por nós", alertou.