23 abr, 2025 - 15:45 • Hugo Tavares da Silva
A história é simples. O torneio juvenil de futebol Porto Internacional Cup, disputado em Paranhos, foi assombrado por casos de violência e agressões, com jogadores e pais à mistura, episódios que até levaram os espanhóis do Orillamar SD a desistirem da sua participação.
O jornal “La Voz de Galicia”, que noticiou o abandono do clube da Corunha que levou cinco equipas ao torneio, até escreveu que a Semana Santa de festividade futebolística no Porto se converteu em batalha campal. Os desacatos aconteceram nos jogos entre portugueses, franceses e suíços.
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Um dos emblemas ligados à violência foi o Sporting Club da Cruz, que cedeu o Campo Municipal do Outeiro à organização do torneio e que nas últimas horas anunciou a suspensão da equipa sub-17, a mesma que esteve na Porto Internacional Cup, após reunião de caráter urgente.
“Nesta reunião foram ouvidos alguns testemunhos e analisadas as imagens do jogo da equipa de sub-17, imagens essas já amplamente divulgadas em vários órgãos de comunicação social”, pode ler-se no comunicado da instituição nas redes sociais.
E continua: “Nessa análise identificámos comportamentos de alguns atletas e algumas pessoas do público, que nos envergonham e que condenamos de uma forma veemente e que jamais poderemos tolerar”.
Para além da suspensão imediata dos juvenis do clube, a tal equipa sub-17, e da anulação da inscrição da equipa na Associação de Futebol do Porto (ou seja, a época terminou), o Sporting Club da Cruz deu conta ainda da “abertura de um inquérito de averiguação dos factos ocorridos”.
Prevê-se assim a instauração de processos disciplinares aos atletas envolvidos nos atos de violência. Na nota publicada nas redes sociais, o clube informou ainda que “está totalmente disponível para colaborar com as autoridades desportivas e judiciais de forma a ajudar a identificar os agressores”.
Os elementos agressores identificados nas imagens que circulam nas redes sociais estão agora proibidos de entrar nas instalações do clube, que diz “nada” ter a ver com a organização do torneio, “nem com as condições de segurança que a entidade organizadora entendeu disponibilizar”.
“Somos uma instituição centenária, assente no voluntariado, que nos orgulhamos do nosso passado, e do trabalho que realizamos ao criar condições para proporcionar a prática desportiva”, salienta o Sporting Club da Cruz no comunicado. “Para nós o objetivo principal é formar pessoas, a educação e o respeito para com os adversários são obrigatórios para fazer parte das nossas equipas e poder ostentar no peito o emblema do nosso clube."