Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Atletismo

Noah Lyles ganhou 100m e quer dobradinha mundial

21 ago, 2023 - 00:09 • Lusa

Balanço do segundo dia dos Mundiais de Atletismo que estão a decorrer em Budapeste.

A+ / A-

O norte-americano Noah Lyles, que procura a dobradinha nos 100 e 200 metros nos Mundiais de atletismo, em Budapeste, venceu a final do hectómetro, em 9,83 segundos, o melhor tempo do ano.

Aos 26 anos, Lyles, bicampeão em título nos 200 metros, cumpriu o primeiro dos seus objetivos, na prova “rainha” dos campeonatos, apesar da má partida que obrigou a recuperar nos metros finais.

O candidato a sucessor de Usain Bolt - num feito duplo que ninguém repetiu desde o jamaicano em 2015 -, impôs-se este domingo a Letsile Tebogo, do Botswana, e o britânico Zharnel Hughes, segundo e terceiro classificados, respetivamente, ambos com 9,88, tal como o jamaicano Oblique Seville, quarto.

O norte-americano Chris Coleman, campeão em Doha 2019, não foi além do quinto posto, com 9,92, numa final da qual ficaram afastados o seu compatriota Fred Kerley, que defendia o título conquistado em Oregon 2022, e o italiano Marcell Jacobs, medalha de ouro em Tóquio 2020.

A consagração do novo herói da velocidade seguiu-se ao empolgamento geral dos espetadores presentes no recinto húngaro, quando Bence Halasz, o homem da casa do lançamento do martelo, arriscou o último lançamento do concurso.

O húngaro não foi novamente além do terceiro posto, com 80,82 metros, estreando a Hungria no medalheiro dos seus campeonatos, a oitava no total, sem que nenhuma seja de ouro.

O triunfo foi para o jovem canadiano Ethan Katzberg, de 21 anos, com um lançamento a 81,25, relegando os polacos Wojciech Nowicki, campeão olímpico, para o segundo lugar (81,02), e Pawel Fajdek, cinco vezes campeão do mundo, para o quarto (80,00).

Já o ugandês Joshua Cheptegei conquistou o seu terceiro título mundial consecutivo nos 10.000 metros, numa corrida que dominou, e na qual o queniano Daniel Simiu Ebenyo “roubou” a prata ao etíope e campeão olímpico Selemon Barega.

Joshua Cheptegei, de 26 anos, recordista mundial da distância, seguiu sempre na dianteira, mas acelerou na última volta, para a marca de 27.51,42 minutos, no final das 25 voltas à pista do Centro Nacional de Atletismo.

O ugandês repete o feito do britânico Mo Farah, tricampeão entre 2013 e 2017, ficando a um título seguido dos etíopes Haile Gebrselassie, entre 1993 e 1999, e Kenenisa Bekele, entre 2003 e 2009.

Cheptegei, que é também campeão olímpico dos 5.000, vai apostar na maratona, com estreia prevista para Valência, em Espanha, em dezembro, tendo em vista a presença nesta distância emblemática em Paris 2024.

A sérvia Ivana Vuleta conquistou finalmente o título mundial no comprimento, com o melhor salto do ano (7,14 metros), sucedendo à alemã Malaika Mihambo, atual campeã olímpica, que não participou na competição devido a lesão.

Vuleta, de 33 anos, juntou o cetro de Budapeste 2022 ao europeu, arrebatado em Munique, no ano passado, com uma margem confortável, face aos 6,91 conseguidos pela norte-americana Tara Davis-Woodhall, segunda colocada, e os 6,88 da romena Alina Rotaru-Kottmann, terceira.

No heptatlo, a britânica Katarina Johnson-Thompson reconquistou o título mundial, sucedendo à belga Nafissatou Thiam, igualmente afastada da competição húngara por lesão, ao resistir ao ataque da norte-americana Anna Hall nos 800 metros.

Hall melhorou do bronze em Oregon 2022 para a prata (6.720), ficando a apenas 20 pontos de Johnson-Thompson (6,740), que regressa ao topo após ter recuperado da rotura do tendão de Aquiles que a afastou de Tóquio 2020.

A britânica segurou a vantagem na última das sete provas, com o tempo de 2.05,63 minutos, apesar da prova ultrarrápida de Hall (2.04,09).

A neerlandesa Anouk Vetter terminou a classificação nas provas combinadas no terceiro posto, com 6.501.

Tal como no primeiro dia dos 19.ºs Campeonatos do Mundo de atletismo, o programa começou com os 20 quilómetros marcha e, novamente, com um título espanhol.

Maria Pérez, recordista do mundo dos 35 quilómetros, imitou Álvaro Martin e conquistou a prova, em 01:26,51 horas, impondo-se à australiana Jemima Montag e à italiana Antonella Palmisano.

Com estas duas medalhas de ouro, a Espanha segue no segundo lugar do medalheiro, atrás dos Estados Unidos, que somam um total de seis “metais”, três de ouro, dois de prata e uma de bronze.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+