22 nov, 2023 - 16:10 • Lusa
O presidente do Comité Olímpico de Portugal assume que o número de atletas apurados para Paris 2024 está "ligeiramente abaixo do que era estimável" e mostrou-se apreensivo por a missão nacional ter "uma elite muito pequena".
"Por um lado, temos tido, neste percurso até aos Jogos, um conjunto de sinais muito positivos do ponto de vista dos resultados desportivos. Nós tivemos, no ano anterior, em modalidades olímpicas, cinco campeões do mundo. Não é brincadeira. Mas, ao mesmo tempo, o meu receio é sempre o mesmo: nós temos uma elite muito curta, muito pequena. Basta que aconteça qualquer coisa a este ou aquele atleta e lá se vão os resultados que eram expectáveis e não conseguem ser concretizados", notou.
José Manuel Constantino respondia assim a uma questão sobre as suas expectativas para os próximos Jogos Olímpicos, depois de ter sido distinguido com o doutoramento 'Honoris Causa' pela Universidade de Lisboa, numa cerimónia que decorreu na Faculdade de Motricidade Humana, em Oeiras.
"Neste momento, a principal preocupação do COP é ter uma base mais confortável de atletas apurados [tem 21 quotas garantidas]. Essa é a nossa maior preocupação, porque, nesta altura, estamos ligeiramente abaixo do que era estimável. Resolvido esse problema, temos naturalmente depois de tratar da elite dos resultados", reconheceu.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal gostaria que aquelas modalidades em que Portugal tem tido "resultados de topo", como o tiro com armas de caça, a canoagem ou o ciclismo, consigam confirmar essas performances em Paris 2024.
"Também importante, a preparação está a correr bem. Não falta aquilo que é necessário para a preparação. Os atletas estão a estagiar onde entendem dever estagiar, estão a ser acompanhados por quem entendem dever ser acompanhados, e, portanto, do ponto de vista das condições que são oferecidas aos atletas para a sua preparação desportiva, tudo está a ser cumprido. Oxalá, depois também os resultados cumpram este desiderato", elencou.